Entidades do Judiciário participam de manifestação em defesa da Justiça do Trabalho, em Belém
Cerca de 70 entidades ligadas ao Judiciário brasileiro aderiram ao protesto
Representantes da advocacia, magistratura, Ministério Público, além de estudantes e professores de direito e de movimentos sindicais trabalhistas, participaram de um ato, nesta quarta-feira (28), em manifestação às limitações das competências constitucionais da Justiça do Trabalho, instituídas por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento aconteceu em 17 cidades em todo o país. No Pará, os manifestantes se concentraram em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (Pará e Amapá), em Belém.
Segundo os organizadores, a Suprema Corte alega que as competências da Justiça do Trabalho têm amparo na legislação trabalhista e em precedentes judiciais do próprio STF. Cerca de 70 entidades ligadas ao Judiciário brasileiro aderiram ao protesto.
“Ultimamente muito tem nos preocupado o posicionamento do STF em relação a reforma de questões de fato dentro da Justiça do Trabalho é necessário que a gente lute pela competência constitucional desta justiça especializada que tão bem observa estes direitos dentro do nosso país”, reforça Eduardo Imbiriba, presidente da OAB-Pará, em vídeo no perfil oficial da entidade no Instagram. “É necessário que a sociedade, que as instituições se mobilizem”, completa.
Mary Cohen, presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado do Pará (ATEP), justificou a mobilização “porque estão tentando retirar dessa justiça criada especialmente para atender uma demanda social de todo o povo brasileiro [a Justiça do Trabalho] a competência de analisar e julgar não somente as relações de emprego mas as relações de trabalho também”.
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