CPMI do INSS ouve acusado de intermediar fraudes no esquema; acompanhe
Rubens Oliveira Costa é apontado como elo na lavagem de dinheiro e repasse de propinas a servidores

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retomou os trabalhos nesta segunda-feira (22), às 16h, com o depoimento de Rubens Oliveira Costa. Segundo a Polícia Federal, ele atuava como “facilitador” e “intermediário” no esquema de fraudes que desviava recursos do órgão.
As investigações indicam que Rubens seria responsável por realizar saques em espécie, distribuir propinas a servidores do INSS e participar de operações de lavagem de dinheiro, com o objetivo de mascarar a origem ilícita dos valores desviados. A convocação dele foi alvo de 11 requerimentos na CPMI, incluindo o do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). No pedido (REQ 1856/2025), o parlamentar mencionou empresas ligadas a Antunes, das quais Costa aparecia como sócio, entre elas a Acca Consultoria Empresarial, citada como integrante do esquema.
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Ainda segundo o relator, Rubens também teria vínculos societários com pessoas que recebiam valores de entidades associativas responsáveis por descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas. “Em vista disso, descortina-se a direta vinculação de Rubens Oliveira Costa na ‘farra do INSS’, sendo necessário que seja ouvido para que se entenda sua relação com os fatos investigados por esta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito”, destacou Gaspar.
Na última quinta-feira (18), Salvador, ex-diretor financeiro do grupo, afirmou em depoimento que apenas geria o sistema de contas a pagar e a receber, emitindo e quitando notas fiscais determinadas por “Careca”, no montante médio de R$ 10 milhões mensais. Ele declarou não conhecer a natureza dos serviços prestados pelas empresas nem ter suspeitado do esquema fraudulento.
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