Candidato à reeleição, governador de Alagoas é alvo de operação e afastado do cargo

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), é alvo da operação Edema, do Ministério Público Federal (MPF), que investiga um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do estado com desvio de R$ 54 milhões. Além do governador, a investigação aponta entre os principais beneficiários do esquema a esposa dele, a prefeita da cidade de Batalha, Marina Thereza Dantas. A irmã de Paulo Dantas também está entre as investigadas. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do emedebista do cargo. As informações são do G1 Alagoas.

Segundo as investigações, os supostos desvios de recursos públicos estariam ocorrendo desde 2019. Ao todo, estão sendo cumpridos pela Polícia Federal 31 mandados de busca e apreensão, inclusive na Assembleia Legislativa, a sede do governo, a casa de Dantas e de parentes. Na residência do governador, foram apreendidos R$ 100 mil em espécie. Mais R$ 14 mil foram encontrados com ele em um hotel em São Paulo e R$ 150 mil na casa de um cunhado.

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A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores dos envolvidos no total desviado, R$ 54 milhões. 

Conforme a decisão do STJ, Paulo Dantas deve ficar afastado do cargo por 180 dias. Além disso, ele e os demais investigados não podem manter contato entre si e nem frequentar os órgãos públicos citados na apuração.

O governador tem 43 anos e foi prefeito da cidade de Batalha, que hoje está sob o comando de sua esposa, por dois mandatos até 2018, quando foi eleito deputado estadual. Ele disputa à reeleição para o Governo de Alagoas. No primeiro turno, conquistou 46,64% dos votos válidos, contra 26,79% de Rodrigo Cunha (União Brasil), seu adversário na disputa no segundo turno.

Os envolvidos na operação desta terça-feira (11) são suspeitos de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. A apuração corre em sigilo.