Brasil quer destravar recursos do G20 diante das urgências climáticas
Fundos climáticos multilaterais têm cerca de 15 bilhões de dólares, com projeções de dobrar nos próximos cinco anos

Representantes do governo mostraram interesse em destravar o fluxo financeiro dos fundos internacionais para investimentos em mitigação e adaptação climática. A possibilidade foi apontada durante seminário da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados na terça-feira (7).
Subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira coordena o grupo de trabalho de finanças sustentáveis do G20, que tem o acesso aos recursos dos fundos climáticos multilaterais como prioridade. Oliveira explicou que, hoje, esses fundos têm cerca de 15 bilhões de dólares, com projeções de chegarem ao dobro disso nos próximos cinco anos.
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“Muitas vezes, os recursos são alocados lá, mas não chegam à ponta. É muito difícil e burocrático. O que a gente está querendo fazer aqui, no grupo de finanças sustentáveis, é usar o capital político do G20 para uma mudança estratégica: que os fundos se conectem às prioridades e necessidades do País. E, segundo ponto: os recursos têm que chegar”, afirmou.
O economista Cláudio Fernandes, representante do grupo de engajamento da sociedade civil (C20) no G20, levantou a possibilidade de uso dos recursos do Fundo Global Verde, que foi criado em 2010, e tem hoje cerca de US$ 100 bilhões.
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