Após fala sobre 'buraco negro', ministra faz pronunciamento à nação pelo Dia da Consciência Negra
Discurso de Anielle Franco será transmitido em toda a cadeia de rádio e televisão do Brasil, às 20h30 deste domingo

O governo federal anunciou que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fará pronunciamento oficial à nação brasileira, às 20h30 deste domingo (19/10), com transmissão em toda a cadeia de rádio e televisão do Brasil. Durante o discurso, ela deve prestar contas dos primeiros onze meses de gestão à frente da pasta, apresentar os avanços conquistados até então e falar sobre as políticas em andamento no MIR.
Essa será a primeira vez que uma representante da pasta de Igualdade Racial poderá se dirigir a todos os cidadãos do Brasil em pronunciamento oficial em toda a cadeia de rádio e televisão do país. O pronunciamento será feito em alusão ao Dia da Consciência Negra, dia 20 de novembro, que relembra a morte de Zumbi dos Palmares, líder e símbolo da resistência à escravidão e da luta por liberdade.
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Na segunda-feira (20), a ministra e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento no Palácio do Planalto, assinarão decretos e outros atos de promoção da Igualdade Racial. Também devem participar da cerimônia outros ministros que desenvolveram ações em parceria com o MIR para combate às desigualdades raciais.
Buraco negro
No início deste mês de novembro, a ministra Anielle Franco causou polêmica ao falar sobre termos considerados racistas e que não são usados por quem tem letramento racial. Um dos exemplos dado pela ministra foi “buraco negro”, expressão científica que se refere a uma região no espaço com campo gravitacional tão intenso que absorve até mesmo a luz.
“Denegrir é uma palavra que o movimento negro e que as pessoas que têm letramento racial não usam de forma nenhuma. Ou, por exemplo: ‘saímos desse buraco negro’. A gente escuta muito isso”, declarou, durante entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no dia 1º de novembro.
“Hoje existem muitas palavras que a gente tem tentado muito, sempre que a gente pode, comunicar de maneira bem tranquila e dizer: ‘Olha, essa palavra é racista'”, continuou, afirmando que atitudes como essas fazem parte de um “letramento racial” da sociedade.
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