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Presidente da Conafer defende sua inocência, mas dados mostram divergências, avalia relator

Sessão fez uma pausa de 30 minutos após mais de 3h de sabatina na tarde desta segunda-feira (29)

O Liberal

Na tarde desta segunda-feira (29), o presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberta Ferreira Lopes, foi sabatinado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As primárias três horas de sessão foram marcadas por reações acaloradas entre o relator da comissão, deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) e o depoente, que manteve a defesa por sua inocência. Apesar das respostas negativas sobre as suspeitas, o relator afirma que os dados obtidos através das investigações “são suficientes”, para sustentar as acusações de fraude.

“O depoente veio para cá com o direito que tem de não se autoincriminar, mas os dados já relacionados pela CPMI são suficientes para mostrar que, em relação a aposentados e pensionistas, a Conafer meteu a mão grande em mais de R$ 800 milhões de quem mais precisava”, afirma relator em coletiva de imprensa.

Ele ainda aguarda novas quebras de sigilos bancárias que venham contribuir com as investigações e o julgamento. As transações financeiras do depoente divergem do patrimônio apresentado, o que se soma a outra possíveis práticas de lavagem de dinheiro levantadas pela relatoria da CPMI. Esses dados foram obtidos por meio de investigação da Polícia Federal (PF), Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU).

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O levantamento aponta uma movimentação superior a R$ 800 milhões pela Conafer, além de relações suspeitas com empresas de parentes próximos, que também desempenham cargos de direção ou estratégicas na confederação. Um dos principais pontos do relator é sobre o registro de associados que estariam mortos ou eram menores de idade, mas foram utilizados para solicitar descontos previdenciários.

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