Relator da CPMI do INSS questiona Conafer sobre registros de mortos para receber benefício
Sessão questiona depoente na tarde desta segunda-feira (29)

A sessão que ouve o presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aponta indícios de fraude na entidade. O deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI, revelou que a Conafer teria registrado nomes de pessoas mortas para receber descontos previdenciários, como parte de supostas ações fraudulentas.
Entenda a acusação de fraude em descontos previdenciários
Gaspar questionou o presidente da Conafer sobre o registro de 1.135 nomes de pessoas mortas apenas em 2024. Esse movimento teria acontecido mais de 300 vezes, segundo dados apresentados na sessão. A maioria dos indícios se baseia nos resultados das investigações da Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Polícia Federal (PF). Quando questionado sobre os termos de adesão aos benefícios do INSS, o depoente afirmou não reconhecer o documento ou a atividade ilegal.
“É padrão da Conafer ressuscitar mortos para a assinatura de descontos associativos?”, questionou o deputado. O depoente manteve a posição de desconhecimento desse padrão.
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Outros indícios de irregularidade na Conafer
Além do mecanismo de registro de falecidos, a sessão também chamou atenção para a divergência entre os valores movimentados nas contas do presidente da confederação e o patrimônio declarado por ele. Os argumentos questionam ainda a hierarquia da Conafer, que mantém parentes do presidente em diversos cargos estratégicos.
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