Suspeito de enviar pix e presentes para adolescente é preso por exploração sexual em Belém
A ação ocorreu na manhã desta terça-feira (19) durante a Operação Acácia, da Polícia Civil

Um homem foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (19), em Belém, suspeito de exploração sexual infantojuvenil. A ação ocorreu durante a Operação Acácia, que cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. O intuito era investigar crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Segundo a Polícia Civil, a avó de um jovem de 15 anos denunciou que o neto estaria recebendo transferências via Pix e presentes do investigado em troca de conteúdo pornográfico.
Equipes da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA), localizada no prédio anexo ao Hospital Santa Casa da Misericórdia, cumpriram o mandado. A Polícia Científica do Pará também participou da operação, auxiliando com as perícias no local, que permitiu a prisão do suspeito em flagrante.
“A investigação do caso em que houve a prisão iniciou quando a avó de um adolescente de 15 anos compareceu até a Deaca informando que seu neto seria vítima do crime de exploração sexual. Ela desconfiou após perceber que o adolescente recebia presentes caros e valores em pix com uma certa frequência”, relata a delegada Danielle Ambrósio, titular da Deaca Santa Casa.
Conforme a PC, o investigado, ao perceber a chegada das equipes policiais em sua residência, tentou esconder um de seus celulares. No entanto, o aparelho foi encontrado pela equipe policial. Além disso, segundo a delegada, ao iniciar a investigação, foi encontrada uma conversa trocada com o investigado. O suspeito orientava o adolescente a apagar todos os vídeos de conteúdo pornográfico, caso ele fosse descoberto, e dizer que eles eram apenas amigos.
“Diante dos indícios suficientes de autoria e materialidade do crime de exploração sexual infantojuvenil, nós representamos junto à Justiça, pela busca e apreensão nas residências dos sujeitos, que foram deferidas pela Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém. A PCEPA nos acompanhou e os peritos puderam verificar que o homem tinha vasto material pornográfico infantojuvenil em seu aparelho celular, além de grupos de mensagens em aplicativos em que ele compartilhava esse tipo de conteúdo”, explicou Danielle Ambrósio.
Perícia
Peritos do setor de informática da PCEPA acompanharam a operação com o objetivo de realizar as perícias iniciais que pudessem configurar o flagrante. “A Polícia Científica vai junto com a Polícia Civil no intuito de fazer o flagrante. A importância da perícia é exatamente detectar esse material nos dispositivos eletrônicos utilizados pelos investigados, fazer a apreensão e subsidiar a prisão feita pela PC”, descreve o tecnólogo em processamento de dados e perito criminal da Polícia Científica, Natanael Neto.
O perito explica ainda que o material apreendido foi coletado e passará por uma segunda perícia no laboratório da PCEPA, mais detalhada, onde sistemas conseguem catalogar todo o material encontrado e recuperar também qualquer conteúdo que tenha sido apagado dos dispositivos. Essa análise também possibilita encontrar outros possíveis criminosos da mesma rede do suspeito, que trocam este tipo de conteúdo e informações. O laudo completo será enviado para a Polícia Civil, para corroborar com a investigação.
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