Som alto termina em briga generalizada e morte em bar de Ulianópolis

Uma confusão generalizada terminou na morte de um homem, em Ulianópolis, no sudeste paraense. O caso ocorreu em um bar, neste final de semana. E tudo teria sido por causa do consumo excessivo de bebidas alcoólicas e som alto. O estabelecimento sequer deveria estar funcionando. A reedição do decreto estadual 800/2020 colocou todo o Pará em bandeiramento vermelho (segundo mais alto nível de risco de covid-19), proibindo o funcionamento de bares e estabelecendo toque de recolher entre 21h e 5h.

Era noite e o bar estava lotado. Tudo errado. Um dos consumidores estava com o som automotivo alto demais. Temendo que alguma fiscalização encerrasse a festa e pudesse multar ou mesmo prender alguém, um homem abordou o dono do veículo e pediu que ele abaixasse o volume. Mas o homem não gostou de ser chamado atenção e começou uma discussão. Os ânimos já estavam alterados devido ao consumo de álcool. A proibição de funcionamento de bares tenta coibir esse tipo de descontrole causado pelas bebidas.

A briga começou e outras pessoas tentaram intervir. O dono do carro pegou uma faca e deu vários golpes no homem que chamou a atenção dele. A confusão aumentou e mais pessoas se envolveram na briga. Outras pessoas ficaram feridas. O rapaz esfaqueado mais vezes morreu no local. O suspeito fugiu. A Polícia Civil iniciou um inquérito para investigar o caso.

A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a Polícia Civil e com a Polícia Militar para levantar mais detalhes da investigação, do atendimento inicial da ocorrência, procedimentos já adotados e entender como esse bar escapou da fiscalização de cumprimento do decreto estadual de prevenção à covid-19.

Em nota, a Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia de Ulianópolis, informou que "...investiga o homicídio ocorrido no último domingo (4). O autor do crime foi identificado e diligências estão sendo realizadas para localizá-lo. O proprietário do local de crime será responsabilizado administrativamente e criminalmente por estar em desacordo com o decreto estadual. A PC ressalta que qualquer informação pode ser repassada ao Disque-Denúncia (181). O sigilo é garantido".