São Miguel do Guamá: Mulher é presa por ameaçar policiais e jornalistas
A suspeita de integrar uma facção criminosa estava infiltrada em um grupo de WhatsApp de notícias do município, que era onde fazia as ameaças

Adera Ellem dos Santos, de 26 anos, foi presa na tarde de sexta-feira (1º de julho), no município em São Miguel do Guamá, no nordeste paraense. Ela é suspeita de cometer crimes de associação criminosa, ameaça e coação. A Polícia Civil aponta que ela seja membro de uma facção criminosa com atuação no estado do Pará.
O delegado Ronaldo Lopes, titular de São Miguel do Guamá, explica que Adera Ellem é suspeita de integrar a facção criminosa Comando Vermelho. A mulher estava infiltrada em um grupo de WhatsApp dedicado a veicular notícias do município. Lá, passou a fazer ameaças de morte aos policiais e aos jornalistas administradores do grupo. As reações sobretudo ocorriam quando alguma notícia sobre ações policiais era compartilhada.
“As ameaças começaram no dia 29 de junho e passamos a fazer um trabalho de investigação para descobrir de onde ela mandava as mensagens para os profissionais da imprensa e para os agentes de segurança pública”, disse o delegado.
A polícia a encontrou na casa dela, em uma vila localizada no quilômetro 14 da BR-010, zona rural do município de Irituia, no nordeste do estado. Adera Ellem estava com dois aparelhos de celular e confessou a autoria das ameaças.
“Ela foi trazida para São Miguel e confessou que pertence ao comando vermelho e que estava cumprindo ordens do Alex Magal, que está foragido e é um dos líderes da facção na região”, detalhou o delegado.
Adera Ellem foi encaminhada para um presídio em Belém.
Infiltrada em um grupo de notícias policiais
De acordo com o jornalista Lucivaldo Souza, a mulher entrou no grupo a pedido de um morador de São Miguel do Guamá. “Ele só disse que tinha uma amiga que queria muito participar do grupo para ficar por dentro das notícias. E logo depois dela entrar começaram as ameaças em nosso privado. Daí chegamos à conclusão que só poderia ser a nova integrante do grupo”, contou.
O jornalista informou a polícia e registrou um Boletim de Ocorrências. “Mas antes fui procurar o homem que pediu para a amiga dele entrar e ele nos deu a dica de onde ela poderia morar. Foi um momento de terror que passamos”, contou.
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