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Profissionais de saúde da UPA da Sacramenta param por falta de EPIs

Em vídeo, os manifestantes alegam que 14 profissionais testaram positivo para covid-19, outros 30 estão com suspeita da doença e que faltam máscaras, luvas e até mesmo sabão e toalha

Valéria Nascimento

"Queremos condições de trabalho! Nossos colegas estão adoecendo". Essas foram as palavras de ordem ditas em alto volume na noite de quinta-feira, 16, por profissionais de saúde na frente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), 24 Horas, do bairro da Sacramenta, na avenida Dr. Freitas, em Belém. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) não retornou até o fechamento desta reportagem.

Enfermeiros, técnicos e outras categorias da rede púbica municipal de saúde, que trabalham na UPA, empunharam faixas pedindo melhores condições de trabalho pelos riscos de contaminação do novo coronavírus. Eles asseguraram que o atendimento era garantido para quem já estava dentro da unidade e seguiram mobilizados, em protesto na calçada.

“Nossos colegas estão adoecendo por falta de equipamentos de proteção individual adequados. Nós estamos em número reduzido aqui, mas queremos tornar público que a situação está se agravando no nosso local de trabalho. Estamos pedindo socorro!”, reclamou  uma das manifestantes.

Os trabalhadores pediram atenção da administração pública. “Têm pacientes aqui há mais de 48 horas com suspeita de covid-19 sem o devido atendimento médico. Nós não temos avental impermeável para atender essas pessoas, quando a gente vai entubar o paciente o risco de contaminação é grande. Precisamos de cateter de oxigênio. Estamos sem cateter desde dezembro de 2019. Estamos usando máscaras de Venturi nem mesmo álcool gel 70 temos para limpar as superfícies’’, denunciou uma técnica da UPA, assegurando ser concursada com oito anos de atuação profissional na Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).

Juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública obriga Prefeitura fornecer às EPI's Unidades de Saúde  

Nesta quinta-feira, 16, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Raimundo Santana, determinou por liminar em ação civil pública, que o Município de Belém forneça, em 48 horas, a todos os servidores lotados nas unidades de saúde municipais, abrangendo os hospitais e unidades básicas de saúde, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para o desempenho das funções.

Os EPIs que devem ser garantidos aos servidores estão de acordo com as normas técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e são álcool gel, gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica (máscaras N95, FFP2, ou equivalente, neste caso, apenas quando da realização de procedimentos geradores de aerossóis como, por exemplo, intubação ou aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro, coletas de amostras nas traqueais e broncoscopias); avental e luvas de procedimento.

A determinação da Justiça se deu em Ação Civil Pública ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Pará (Sindsaúde) contra o Município de Belém, na qual o órgão de classe alega que, apesar do reconhecimento da situação de pandemia e da declaração de situação de emergência em Belém, o Município não está dotando os trabalhadores da saúde com os necessários equipamentos individuais, ressaltando ainda que a Municipalidade não responde aos pedidos de informações da categoria, feitos administrativamente, sobre a compra desses insumos.

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