CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X
logo jornal amazonia

'Professora cimentada': pertences da vítima foram apreendidos na casa da mãe de um dos suspeitos

O delegado Cláudio Galeno contou nesta quinta-feira (18) que a mãe de Jessyca Aniele de Araújo Silva não tem nenhum tipo de envolvimento no homicídio. O celular da professora estava escondido num fundo falso da bolsa de Jessyca e guardado na casa da própria mãe, em Belém.

O Liberal
fonte

A Polícia Civil apreendeu nesta quarta-feira (17), roupas e o celular da professora Maria Mendonça dos Santos, de 72 anos, na casa da mãe de Jessyca Aniele de Araújo Silva, 28 anos, em Belém. A informação foi confirmada pelo delegado Cláudio Galeno ao Grupo Liberal nesta quinta-feira (18). Segundo a polícia, a mãe de Jessyca não tem "nenhum tipo de envolvimento no crime". O endereço onde os pertences foram achados não foi divulgado pela polícia. Os objetos apreendidos foram levados na tarde de quarta-feira (17) para a Divisão de Homicídios (DH), que fica localizada também no bairro de São Brás, na capital paraense. Jessyca é suspeita de envolvimento no homicídio junto com o ex-marido, que ocorreu no dia 13 de julho, no bairro de São Brás. 

O delegado Galeno acrescentou mais detalhes sobre a apreensão do celular e as roupas da professora à redação integrada de O Liberal nesta quinta-feira (18). “Nós encontramos roupas e o celular da professora na casa da mãe da Jessyca e apreendemos hoje (17) e outros durante outros dias das investigações. O celular estava numa bolsa da Jessyca escondido num fundo falso e Interrogamos a mãe da suspeita e ela até desconfiou do caso. A mãe da Jessyca é uma senhora de idade e não tem envolvimento algum no caso. Ela, inclusive, ajudou positivamente no decorrer das investigações”, comentou o delegado em conversa pelo telefone.

Veja mais 

image Professora cimentada: mais duas pessoas são suspeitas de envolvimento no homicídio, diz polícia
O delegado-geral da Polícia Civil do Pará (PCPA), Walter Resende de Almeida, confirmou a suspeita nesta quarta-feira (17). Segundo ele, não teria como o sobrinho e a ex-mulher executarem todo crime

image Professora cimentada: Idosa foi morta a facadas no dia 13 de julho, diz polícia
Dois suspeitos foram presos e apresentados na tarde desta quarta-feira (17) na sede da Divisão de Homicídios, no bairro de São Brás, em Belém

image Professora cimentada: Idosa foi morta a facadas no dia 13 de julho, diz polícia
Dois suspeitos foram presos e apresentados na tarde desta quarta-feira (17) na sede da Divisão de Homicídios, no bairro de São Brás, em Belém

image Professora 'cimentada' em São Brás: bagunça no imóvel causou estranheza a familiares
Maria Mendonça dos Santos, de 72 anos, foi encontrada morta e enterrada, no quintal da casa dela, na noite do último domingo (31)

Jessyca confessou o crime na tarde de quarta-feira (17), mas Luiz nega participação e afirma que a ex-esposa só quer prejudicá-lo. Jessyca foi encaminhada à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) na noite que foi presa. O casal deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O motivo do homicídio, de acordo com Jessyca, teria sido uma casa deixada pelo avó de Luiz que supostamente seria somente dele e foi dividida entre a família. 

O crime aconteceu no dia 13 de julho, o corpo foi localizado pelos policiais apenas em 31 de julho, 18 dias após o crime. A vítima estava inumada a um metro do solo no quintal de uma casa de uma casa localizada na passagem Honorato Filgueiras, próximo à avenida Governador José Malcher. Maria Mendonça foi morta a facadas. O caso ficou popularmente conhecido como ‘professora cimentada’. 
Jessyca teria contratado os pedreiros para realizarem o serviço de cimentar um piso, mas os trabalhadores não sabiam que o corpo estava enterrado no local. Os funcionários foram ouvidos e liberados pela polícia. 

Por meio de nota, a Polícia Civil do Pará (PC) informou que Luiz e Jessyca serão encaminhados à Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), estando à disposição do Poder Judiciário.

Mais duas pessoas são suspeitas de envolvimento no homicídio, diz polícia

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará (PCPA), Walter Resende de Almeida, informou durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (17) que possivelmente mais duas pessoas podem estar envolvidas na morte da professora Maria Mendonça dos Santos, de 72 anos.
Durante a coletiva, o delegado-geral foi perguntado se mais alguém teve participação no assassinato. Ele respondeu que sim. “É provável que mais duas pessoas estejam envolvidas ao analisarmos a dinâmica do crime. Porque para matar e enterrar em uma noite, não seria apenas um casal. Teria uma terceira pessoa. Jessyca confessou o crime e deu todos os detalhes desde a preparação até a execução. Ela mesma entregou os comprovantes de transferências bancárias e afirma que tem uma terceira pessoa”, disse o delegado-geral. 

O delegado e diretor da DH, Cláudio Galeno, deu mais detalhes sobre o caso e um dos motivos do homicídio. “O Luiz, sobrinho da professora Maria Mendonça, argumentava com a Jessyca de que uma das motivações que faria com ele assassinasse a tia era o fato de uma herança, uma casa em Salinas, que era do avô, ou seja, pais da professora. Ele tinha prometido para o Reginaldo que quando ele morresse a casa seria somente do sobrinho da vítima. Só que, ao avô falecer, houve a partilha de bens e ao Reginaldo coube apenas uma pequena parte do valor total. Isso, segundo a Jessyca, teria sido o motivo pelo qual o sobrinho articulou o assassinato da tia. A ex-esposa faz uma delação dizendo que os filhos estavam doentes, mas Luiz tinha comprado os remédios.  Ele pediu que a Jessyca fosse pegar os medicamentos na casa da professora na noite do dia 13 de julho. Ela chegou lá e deparou com a professora. Ambas conversaram, mas logo Luiz chegou e atacou a idosa a facadas”, comentou Galeno.

Depoimento de Jessyca para à imprensa 

No início da noite, Jessyca foi colocada numa viatura da PC para ser encaminhada à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). Porém, no meio do caminho, ela conversou com a imprensa sobre a sua participação no crime. “Só assisti o sobrinho (Luiz) esfaqueando a senhora, mas não tive nada a ver com o assassinato dela. Não pude impedir. Fui ameaçada por ele e permaneço até hoje. Até quando eu convivia com ele e as crianças.  Eu ficava só hematomas e os meus filhos também. A primeira vez que ele preso ele negou e vai sempre negar. O Luiz não vai contar a verdade. Ele não queria que eu contasse a verdade, mas eu tenho que falar. Já fui intimada e não podia guardar isso só pra mim. Ele mesmo me passou o dinheiro. Ele mandou eu ficar calada e me mandou embora para o Maranhão”, contou aos jornalistas bastante abalada. 

Relembre o caso

A forma como Maria Mendonça dos Santos, de 72 anos, foi assassinada deixou os investigadores da Polícia Civil espantados com tamanha crueldade. O corpo da idosa foi encontrado pelos policiais, com auxílio dos familiares da vítima, no domingo de 31 de julho, enterrado em um calçamento construído no quintal da casa dela, localizada na passagem Honorato Filgueiras, próximo à avenida Governador José Malcher, no bairro de São Brás em Belém.
Segundo relatos de vizinhos, que preferem não se identificar, a dona da casa era uma professora e morava sozinha. Recentemente, ela teria vendido um veículo que possuía e desde então não foi mais vista. "Há dez dias que ela não era vista, até que o irmão chamou a polícia pra abrir a porta", disse um parente da vítima.

 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Polícia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍCIA

MAIS LIDAS EM POLÍCIA