Prefeitura faz megaoperação no centro comercial de Belém

A Prefeitura de Belém está fazendo uma grande operação de fiscalização, na manhã desta quinta-feira (4), em toda a área do Centro Comercial e Histórico da capital. São três frentes de atuação: trânsito, estabelecimentos e fluxo de pessoas. É um trabalho preventivo e repressivo, após o início da reabertura do comércio. Veja:

Desde segunda-feira (1º), com a liberação de abertura de lojas que não eram serviços essenciais e estavam fechadas, uma intensa movimentação foi registrada em Belém. Com isso, a preocupação com uma nova onda de contaminações pelo coronavírus sars-cov-2, causador da covid-19, voltou a assombrar o poder público municipal e estadual.

Todos os estabelecimentos comerciais que já foram liberados, por decreto, para funcionar, devem desestimular a presença física de pessoas. A entrada deve ser controlada e a lotação não deve ser superior a 15% do espaço, com limitação total de 200 pessoas. Os estabelecimentos exigir o uso de máscaras e oferecer álcool em gel a 70% ou espaços para lavagem de mãos.

Alguns lojistas e comerciantes informais foram multados por não obedecerem às regras de evitar aglomerações e oferecer medidas preventivas de higiene. Quem estava apenas passeando pelo comércio, foi convidado a voltar para casa.

Até 12h, duas pessoas foram multadas por não estarem usando máscaras e mais duas multadas por fazerem serviços de estética nas calçadas. Proprietários de seis lojas e uma lotérica foram autuados por permitirem aglomerações. Outras seis lojas foram fechadas porque já tinham sido orientadas sobre o funcionamento e foram reincidentes nos problemas encontrados previamente. Um carro de lanche foi apreendido e um táxi foi multado pela Semob. Outras 40 lojas receberam orientações sobre o funcionamento de acordo com as regras previstas em decretos.

Alguns comércios foram fechados e autados esta quinta (Oswaldo Forte / Comus)

"É para controlar o acesso das pessoas. Foram liberadas algumas atividades, mas que há necessidades de restrições porque estavam ocorrendo aglomerações. Algumas lojas, que não estavam autorizadas a funcionar, estão sendo fechadas e autuadas. As que tiverem autorização, mas não tiverem o cuidado de controlar a quantidade de pessoas ou aglomeração fora, também sofrerão sanções. Ainda estamos com a pandemia. Então não podemos relaxar na fiscalização e nem descuidar com a saúde das pessoas da cidade. Precisamos ser rigorosos para que não sejamos surpreendidos com o aumento do número de contaminações", comentou Guilherme Freitas, inspetor geral da Guarda Municipal de Belém.

Agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) fizeram barreiras para controle de trânsito em cinco pontos: travessa Padre Eutíquio com a rua João Diogo; rua 13 de maio com avenida Portugal (em duas posições); avenida Portugal com rua Senador Manoel Barata; travessa Padre Eutiquio com rua 13 de Maio.

“Os lojistas que não obedecem às determinações do decreto, que estão sendo reincidentes, estão sendo multados, pois podem cometer até crime ambiental, pois estão deixando pessoas aglomerar nos estabelecimentos e abrindo possibilidade para a contaminação”, relatou Elizete Cardoso, coordenadora da Ordem Pública.

Guarda Municipal, Semob e Ordem Pública fiscalizaram comércio (Thaís Veiga / GMB)

Tanto o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, quanto o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Ualame Machado, criticaram o comportamento da população. Para eles, as pessoas agem como se a pandemia tivesse acabado, relaxando na prevenção, voltando a fazer aglomerações e saindo sem necessidade.

Desde o final do lockdown, no dia 25 de maio, os índices de distanciamento social temporário vêm caindo diariamente, tanto no estado quanto na capital. Nesta quarta-feira (2), ficaram em cerca de 39,29%, o pior já registrado. Belém teve 40,10% de pessoas em casa.

Vias foram fechadas ao trânsito nesta quinta (Thiago Gomes / O Liberal)