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Polícia investiga presença de 21 bandidos do Pará no Rio de Janeiro

Um deles seria Rodolfo Nascimento Silva, o Mãozinha, chefe do bando que invadiu joalheria no Village Mall, em um shopping na Barra da Tijuca

Fabyo Cruz
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Um relatório de inteligência feito pela Polícia Civil do Pará, divulgado pelo jornal O GLOBO, aponta a presença de 21 criminosos paraenses em favelas do Rio de Janeiro, principalmente nas do Complexo da Penha, na Zona Norte. Um deles seria Rodolfo Nascimento Silva, o Mãozinha, chefe do bando que invadiu  joalheria no Village Mall, em um shopping na Barra da Tijuca. 

A reportagem diz que os paraenses estariam atuando em assaltos, na venda de drogas e na segurança armada de traficantes, de acordo com o documento da Polícia Civil. O relatório de inteligência indica a presença de outros dois suspeitos do Pará, que não tiveram os nomes identificados no documento, mostrando que o número foragidos no Rio pode ser ainda maior.

Leonardo Costa Araújo, foragido do sistema penitenciário paraense e suspeito de ser chefe da facção criminosa no Pará, é o principal nome citado no relatório.  Ele está no Rio há mais de um ano e teria recebido o comando de pontos de venda de drogas em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, dos traficantes cariocas Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e Edgar Alves de Andrade, o Doca, que têm o Complexo da Penha como base. Dois companheiros de Leonardo. Também estariam no Rio dois  procurados pela Justiça do Pará, são eles Anderson Souza Santos e David Palheta Pinheiro.


 

Facção atua no Pará e Rio de Janeiro 

 

“Eles vieram para ficar mais próximos do comando da facção, de onde as decisões são tomadas. Além disso, como são foragidos e procurados no Pará, usam a estrutura das comunidades controladas pelo tráfico, onde as incursões policiais são feitas com mais dificuldade”, explicou um dos investigadores ao O GLOBO.

Um agente, que também pediu para não ter o nome divulgado, diz que a quadrilha vem “se aproveitando” das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal, que exige do estado a comunicação antecipada das operações policiais ao Ministério Público: “A criminalidade se adapta, nota falhas no sistema e aproveita”.

Entretanto a polícia carioca tem ido a favelas em busca desses criminosos. Em fevereiro, oito pessoas — sendo três paraenses acusados de crimes em seu estado — morreram numa operação da PM na Vila Cruzeiro. Três meses depois, com apoio de policiais rodoviários federais, outra ação na mesma favela terminou com 23 mortos. De acordo com a polícia do Pará, quatro vítimas eram investigadas naquele estado por envolvimento com facções criminosas e ataque contra policiais.

Ainda conforme a reportagem, na semana anterior, a Polícia Militar e a Subsecretaria de Inteligência foram à Nova Holanda, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, para tentar capturar os suspeitos do roubo à joalheria do Village Mall e da morte do segurança Jorge Luiz Antunes, que trabalhava desarmado no shopping. Na favela, dois homens foram mortos, mas os assaltantes não foram encontrados.

O jornal ressalta que a migração não é uma novidade. Em 2019, a polícia carioca prendeu num dos acessos à Vila Cruzeiro, na Penha, o suspeito de um assalto a uma joalheria em Ipanema. Ele estava condenado a 50 anos de prisão por seis crimes cometidos no Pará, como homicídios e roubos.

A Polícia Civil afirmou, por meio de nota, que “vem monitorando criminosos de outros estados refugiados em comunidades do Rio”. Acrescentou que, em dois anos, houve 12 prisões. Ainda segundo o comunicado, o chefe da quadrilha que assaltou a joalheria na Barra “foi um dos alvos da Operação Coalizão pelo Bem, no fim de 2021, e também de recente ação da PM na Vila Cruzeiro”.

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