Polícia Civil divulga retrato falado de suspeito de abusar sexualmente de mulheres e adolescentes

A Polícia Civil do Pará, por meio das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAM) e à Criança e Adolescente (DEACA), em parceria com o Núcleo de Apoio à Inteligência (NAI) do município de Castanhal, no nordeste do Pará, divulgou o retrato falado de um homem conhecido como "Índio", suspeito de ter cometido crimes sexuais contra mulheres e adolescentes na localidade. Ele é descrito como andarilho, pedinte e também é acusado de cometer pequenos furtos na região.

Uma das vítimas recentes de "Índio" foi até a DEAM e prestou depoimento, com base no qual foi feito o retrato falado. As características são compatíveis com outras duas descrições de um homem suspeito pelo mesmo crime. “Índio" é descrito pelas vítimas como um homem moreno, de cabelo liso, estatura mediana, que possui entre 30 e 35 anos e tem uma cicatriz na bochecha esquerda.

Além desse, há outros retratos baseados em relatos anteriores feitos por vítimas. Segundo a delegada que coordena o caso, a análise de comparação feita pela papiloscopista responsável aponta uma aproximação de 70% a 80% entre eles, o que indica que pode se tratar da mesma pessoa. As vítimas de "Índio" foram encaminhadas para tratamento psicológico.

A Polícia Civil reitera a necessidade da denúncia caso alguém reconheça ou veja um indivíduo parecido com do retrato falado. "As denúncias serão encaminhadas para a Delegacia da Mulher da região e as informações serão devidamente apuradas pela equipe da polícia. "Alertamos as pessoas para que não tentem fazer justiça com as próprias mãos. Embora o linchamento seja visto com naturalidade por uma parcela da população, aos olhos da Justiça Brasileira é visto como barbárie e violência gratuita, e o atores podem ser responsabilizados penalmente. Para que não seja cometida nenhuma injustiça, o correto é que a polícia seja acionada pelos números 100, 180 ou 181. Os canais do Disque Denúncia garantem o sigilo da fonte", explica a delegada Lidiane Pinheiro, titular da DEAM Castanhal. 

Os atos de espancamento, linchamento ou aprisionamento de suspeito por parte da população como medida alternativa é enquadrado na modalidade criminal, segundo o código penal brasileiro, e prevê pena de detenção de 15 dias a um mês, ou multa, além de pena correspondente à violência praticada, seja por homicídio ou lesão corporal, por exemplo. A Polícia Civil em Castanhal segue com os procedimentos de apuração para a localização do suspeito e elucidação dos crimes.