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PF prende cinco pessoas por garimpo ilegal em terra indígena Kayapó

A Justiça Federal determinou o sequestro de mais de R$ 150 milhões dos envolvidos e a suspensão das atividades de duas entidades

O Liberal

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (13/9) a Operação Odorata, focada no combate aos financiadores da extração ilegal de ouro na região Sul do Pará. A ação tem como alvos membros de uma organização criminosa que atua no interior e ao redor da terra indígena Kayapó, com foco em Cumaru do Norte.

Deflagrada em continuidade às Operações Bruciato I e II, realizadas nos dias 10 e 11 de setembro, a investigação revelou que a organização envolvida estava "esquentando" grandes quantidades de ouro extraídas ilegalmente por meio de declarações fraudulentas sobre a origem do minério, comercializando-o junto a compradores em outros estados.

Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, de um total de oito expedidos. Também foram executados 18 mandados de busca e apreensão, com diligências em Cumaru do Norte, Redenção, Goiânia, Distrito Federal e Barueri (SP). Entre os itens apreendidos estão veículos, dinheiro, celulares e mídias eletrônicas.

A Justiça Federal determinou o sequestro de mais de R$ 150 milhões dos envolvidos e a suspensão das atividades de duas entidades: uma cooperativa de produtores de ouro e uma distribuidora de títulos e valores imobiliários. Além disso, foram suspensas as lavras garimpeiras de oito indivíduos.

O nome da operação faz referência ao nome científico da planta conhecida como Cumaru (Dipteryx odorata), também conhecido como fava tonka e baunilha brasileira, abundante na região. Trata-se de uma planta brasileira, típica da Amazônia, que contém cumarina, responsável por deixar as suas sementes muito aromáticas, lembrando a baunilha.

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