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Operação Amazônia Viva apreende armas, madeira ilegal e motosserras em Uruará e Pacajá

Crimes ambientais foram flagrados por fiscais da Semas e policiais civis e militares

Redação integrada de O Liberal
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Cinco flagrantes registrados nas primeiras 24 horas da segunda etapa da Operação Amazônia Viva no Pará resultaram em apreensões de armas, equipamentos e madeira ilegal em Uruará, na região oeste do Estado, e em Pacajá, no sudeste paraense.

Três caminhões com madeira ilegal


No município de Uruará, a 633 km de Belém, fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e policiais militares do Batalhão Ambiental (BPA) flagraram na noite de quarta-feira (15), dois caminhões transportando estacas de madeira.

Um dos veículos era conduzido por Carlos Alberto Almeida, 60 anos, que foi levado para a Delegacia de Uruará junto com outra pessoa que estava no caminhão. O veículo continha 550 estacas, o equivalente a 30 metros cúbicos de madeira.

Na mesma noite, outro caminhão foi flagrado também com estacas de madeira e nenhuma documentação de origem ou autorização para o transporte da carga. Os responsáveis foram conduzidos à Delegacia de Uruará.

O delegado Fábio Amaral, que lavrou os flagrantes, informou que “o material apreendido já foi periciado e está à disposição da Secretaria de Meio Ambiente. Já os responsáveis irão responder a um termo circunstanciado de ocorrência (TCO), já que eles faziam o transporte, mas não eram os donos da madeira. Nós vamos investigar pra quem ele fazia o transporte e onde a madeira seria entregue”.

Motosserras apreendidas


Também houve três flagrantes no município de Pacajá, no sudeste. A equipe de fiscalização da Semas e policiais civis da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal apreenderam duas motosserras e intimaram os dois homens que usavam os equipamentos para cortar árvores no Ramal da Escolinha, área rural do município. Ambos responderão por crime ambiental.

Na mesma área dois caminhões foram apreendidos, cada um com 20 metros cúbicos de madeira serrada, totalizando 40 metros cúbicos da carga ilegal. Os motoristas Cely Ribeiro e Klayton Ribeiro foram autuados pelo crime ambiental.

Esta é a segunda fase da operação. Na primeira etapa foram apreendidas 17 motosserras, além de nove veículos (entre escavadeiras e caminhões) e 11 armas de fogo. Na mesma ação foram interditados três garimpos ilegais e lavrados 14 flagrantes por crimes ambientais. A soma das áreas desmatadas já embargadas chega a 316 km², uma área superior ao tamanho da cidade de Recife (PE).

Duas semanas de ações


Considerada a maior operação de combate a crimes ambientais já realizada no Pará, tanto pela área de abrangência (15 municípios), quanto pelo quantitativo de agentes nas ações (150, entre policiais militares e civis, peritos, fiscais da Semas e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade - Ideflor-bio), a Operação Amazônia Viva é coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará com o objetivo de combater crimes ambientais.

A operação tem a parceria das polícias Civil e Militar, e do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Dispõe de todo o aparato técnico para garantir a eficiência e legalidade das ações em campo.

“A Operação Amazônia Viva é parte de uma estratégia conjugada, que inclui combate ao desmatamento, indução de boas práticas ambientais, combinadas com regularização fundiária e ambiental, assistência técnica e incentivos financeiros aos produtores rurais. Juntas, formam a estratégia de uso do solo para o Pará”, explicou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro Ó de Almeida.

A Operação Amazônia Viva tem duração de 15 dias, com ações dentro da mata fechada para chegar aos alvos. O início da operação tem relação com a chegada do verão amazônico, que traz a prática de usar o fogo na preparação dos terrenos para pasto. Devido ao calor excessivo, o vento acaba espalhando as chamas com facilidade.

Para evitar práticas como essa, as equipes foram divididas em sete pontos no interior do Estado, para cobrir áreas mapeadas por satélite onde haja focos de calor ou clareiras. Um trabalho que requer análise de imagens de satélite, acompanhada diariamente pelas equipes de monitoramento da Semas.

“A presença da Força Estadual de Combate ao Desmatamento nesse período é exatamente para prevenir as queimadas e o desmatamento de maneira geral. Com a presença do Estado fazendo a fiscalização, o objetivo é inibir essas ações criminosas”, reiterou Rayrton Carneiro, diretor de Fiscalização da Semas, que coordena a operação (com informações da Agência Pará).

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Polícia
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