Ônibus com universitários paraenses vindo do Paraguai é impedido de entrar em Tucumã

Um ônibus com 62 universitários brasileiros, proveniente da cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, foi impedido de entrar nos limites do município de Tucumã, no sul do Pará, neste domingo, 18. O grupo é composto por estudantes naturais de Ourilândia do Norte e Tucumã que cursavam Medicina em universidades paraguaias e que, diante da pandemia e da paralisação das aulas nas instituições de ensino do país vizinho, extendida por conta da ampliação da quarentena, decidiram retornar ao Brasil.

De acordo com áudios e vídeos enviados à reportagem de O Liberal, o veículo foi impedido de entrar nos limites da cidade e os passageiros precisaram desembarcar. Em um dos vídeos, um oficial da Polícia Militar explica a um homem que aparenta ser o motorista do ônibus que o "decreto (do Governo do Estado que estabelece medidas de prevenção ao risco de contágio do novo coronavírus) será cumprido".

Oficial da Polícia Militar justificou o impedimento do ônibus seguir viagem alegando cumprimento ao decreto do Governo do Estado (Wesley Costa)

Até a publicação deste texto, não há confirmação se os estudantes e o motorista continuam parados na barreira sanitária de Ourilândia do Norte e Tucumã, na rodovia PA-279. As polícias Civil e Militar, assim como a Agência de Regulação e Controle de Sereviços Públicos (Arcon), foram contactados para prestar os devidos esclarecimentos.

REPATRIAMENTO

De acordo com uma página de de notícias de Pedro Juan Caballero nas redes sociais, os estudantes haviam solicitado repatriamento na tarde da sexta-feira (16) por meio do posto de controle migratório, sob supervisão das autoridades locais, que certificaram o cumprimento irrestrito da legislação migratória e das medidas sanitárias para o transporte do grupo.

Ainda segundo a página, o ônibus que trazia os jovens passou pelo processo de desinfecção e foi totalmente lacrado, seguindo em direção até a Tucumã, no Pará, distante 2.478 quilômetros de Pedro Juan Caballero. Os estudantes também haviam encaminhado uma pedido ao prefeito de Tucumã, para serem repatriados. 

O objetivo do grupo era aguardar ofinal da quarentena em sua cidade de origem para, só então, voltar ao país vizinho para retomar os estudos. Sessenta deles, inclusive, receberam a indicação de continuar a pagar suas mensalidades.

A reprotagem segue acompanhando o caso para trazer novas informações.