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Médicos cubanos são vítimas de calúnia e difamação nas redes sociais em Itaituba

Os dois profissionais registraram ocorrência na Delegacia. Tudo foi motivado por uma única moradora por meio do WhatsApp 

Redação Integrada, com informações do Portal O Giro
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Os médicos cubanos Yesier Socorras Guerra e Reynier Fernandez Leon, do Programa Mais Médicos, registraram ocorrência nesta terça-feira (2) na 19ª Seccional de Polícia Civil de Itaituba, relatando terem sido vitimas dos crimes de calúnia e difamação, que são crimes contra a honra objetiva, ou seja, que atingem a reputação do indivíduo perante a sociedade. Os dois profissionais foram avisados por amigos e colegas de Saúde, do município, que as imagens deles estavam circulando em grupos do WhatsApp como se fossem ladrões à procura de casas para roubar.

Tudo começou quando os dois médicos estavam tentando achar o endereço da residência do diretor da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA), do município, Fabrício Amaral, que é novo na função.

Sem falar fluentemente o português e com dificuldade de achar a casa do diretor, os dois profissionais tentaram falar, por interfone, com a dona de uma casa que tinha interfone na frente - e foi essa mulher que após os denunciou nos grupos de WhatsApp. Os médicos falaram com ela pelo interfone porque acreditaram que era uma chance de perguntar sobre o endereço que procuravam.

A conversa foi truncada e rápida, os médicos não entenderam nada e foram embora. A proprietária, no entanto, foi para o WhatsApp avisar às pessoas que dois ladrões circulavam pelas ruas do bairro. Ela usou junto com o texto que escreveu as imagens da câmera de segurança da casa dela, em que aparecem os cubanos na frente do imóvel e tentando falar com ela ao interfone. Foi ela por o alerta sobre os supostos assaltantes em grupos de WhatsApp, e estava formada a trama virtual contra os dois profissionais estrangeiros.

De acordo com a polícia, em grupos de WhatsApp de Itaituba surgiram comentários como “caras de Manaus que a polícia está atrás”, "eles não roubaram porque eles ‘viu’ as câmeras”, diz outra participante.

"Nossa imagem ficou muito arranhada, ontem (terça-feira, 2) não tivemos cabeça nem para atender em nosso plantão porque realmente foi um momento muito constrangedor", afirmou o médico  Yesier Guerra. "Acho que é um ato de muita irresponsabilidade, você lançar uma imagem em grupos de WhatsApp sem ter nenhum embasamento de verdade", acrescentou ele.

O médico Reynier Leon também se queixou dos crimes de difamação e calúnia contra a imagem dele e do colega. "Nós trabalhamos aqui com resultados e a população dá mostras de carinho com a gente. Aí acontece uma coisa dessas. É difícil, a gente fica triste. Queremos que essa pessoa de onde saiu a mensagem com a nossa imagem pague. Nunca houve roubo. Tudo é mentira e tudo foi manipulado. Queremos reverter essa situação, limpar nossa imagem", enfatizou.

"A nossa preocupação principal agora é limpar a imagem deles, o que houve foi uma mensagem falsa vinculada à imagem deles, que são profissinais, médicos. E as pessoas por maldade, por uma interpretação errônea dos fatos, acabaram propaganda essa mensagem prejudicial contra eles", afirmou o advogado dos dois cubanos, Dennis Scherch.

O advogado informou que a investigação vai prosseguir pelos crimes de calúnia e até injúria racial contra a moradora do bairro de Buriti. Ela foi chamada para comparecer à Delegacia de Polícia, nesta quarta-feira (3) e fazer um pedido de retratação, mas a mulher não compareceu.

"Manchar a honra das pessoas em redes sociais pode caracterizar crimes de calúnia e difamação e cabe inquérito policial para investigar tais crimes e, essas pessoas podem responder por isso na Justiça", afirmou o delegado Rafael Ribeiro. Ele assegurou que buscou informações sobre os dois médicos cubanos e nada consta contra eles nos sistemas nacionais dos órgãos de segurança pública.  

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