Manifestantes interditam avenida em Belém após assassinato na Sacramenta
Assassinato de Tatiane Alcântara de Oliveira, morta com 27 facadas no último dia 5 de outubro, mobilizou a comunidade do bairro
Um grupo de manifestantes bloqueou parte da avenida Pedro Álvares Cabral, no final da noite desta sexta-feira (23). O bloqueio ocorreu no sentido Entroncamento-Ver-O-Peso, entre as avenidas Júlior César e Doutor Freitas, no bairro da Sacramenta, em Belém. A mobilização pedia justiça para o assassinato de Tatiane Alcântara de Oliveira, morta com 27 facadas no último dia 5 de outubro.
Com cartazes nas mãos, os manifestantes atearam fogo em pneus para exigir que os apontados como autores do crime, Mauro Dawid Macedo da Silva, de 28 anos e Marcílio Álvares dos Santos, uma mulher trans conhecida como Marcinha, de 42 anos, fossem punidos. Policiais militares e o Corpo dos Bombeiros estiveram no local e a via foi liberada posteriormente.
No último dia 14 de outubro, os dois foram presos acusados de tráfico de drogas, após uma denúncia anônima indicar o paradeiro do casal em uma comunidade em Benfica, no distrito de Breves, região metropolitana de Belém.
O caso
Tatiane Alcântara de Oliveira foi morta a facadas na madrugada do dia 5 de outubro. Ela bebia na casa do casal que considerava ser de amigos, quando foi morta na passagem Santos Dumont, entre as avenidas Pedro Álvares Cabral e Senador Lemos. Segundo vizinhos, era comum que o trio se reunisse para beber e conversar na kit-net alugada em que o casal morava. A amizade, entretanto, acabou de modo fatal.
De acordo com o delegado Arthur Nobre, que conduziu as investigações, Mauro Dawid informou ter ficado com ciúmes de uma possível relação entre Marcinha e Tatiana.
"Segundo o Mauro falou, ele esfaqueou ela por ciúmes. A vítima teria flertado com a travesti. Segundo testemunhas, teve a participação da moça também. Ela nega, mas ele confirma. Ele já confessou o crime", detalha.
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