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Inquérito contra policial acusado de atirar no carro de ex-prefeita de Almeirim é arquivado

Justiça Militar entendeu que o soldado da PM agiu para impedir a fuga do marido de Adriante Bentes, Davi Sadala, que havia acabado de agredir uma mulher em público

Redação integrada de O Liberal
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A 2ª Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) arquivou, nesta segunda-feira (14), o inquérito instaurado contra o soldado da Polícia Militar Edcarlos Ribeiro Ferreira, acusado de ameaçar a ex-prefeita de Almeirim, Adriane Bentes, e de atirar no carro em que ela estava com o marido, após uma confusão em um bar da cidade, em janeiro deste ano.

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A decisão, assinada pelo promotor Armando Brasil Teixeira, alega a aplicação do "excludente de ilicitude", previsto no art. 23, inciso III do Código Penal, que afirma que "não há crime quando o agente pratica o fato em estrito cumprimento do dever legal". Segundo o documento, o policial teria agido para impedir que o marido de Adriane, Davi de Lima Sadala, fugisse do local após agredir uma mulher.

Ao solicitar a abertura do inquérito, a ex-prefeita alegou que estava em bar quando, por volta das 00h30, Davi teria chegado ao local. Após uma confusão generalizada gerada por uma discussão entre os presentes, o casal decidiu se retirar do local, mas quando estava dentro do seu carro, teriam sido impedidos pelo policial Edcarlos, que atirou duas vezes, uma no pneu dianteiro e outra no pneu traseiro do veículo.

No entanto, segundo o MPPA, durante a apuração dos fatos, uma versão difente foi contada por diversas testemunhas. Segundo esta versão, o casal estava no bar, quando se envolveu em uma confusão com Jéssica Bastos. Durante a discussão, Davi Sadala, "de forma covarde e sem qualquer motivo aparente", teria agredido a mulher com um soco no rosto.

image Jéssica foi agredida com um soco no rosto. Várias testemunhas constataram a agressão (Reprodução)

Percebendo o ato criminoso, o soldado Edcarlos, mesmo à paisana, resolveu intervir, dando voz de prisão a Davi. Ele não teria acatado a ordem e tentou fugir do local com a esposa em uma caminhonete. Para impedir a fuga, o policial se colocou à frente do veículo, e Davi avançou com o carro para cima dele. "Logo, no intuito de se proteger e, ao mesmo tempo, evitar a fuga, (Edcarlos) desferiu disparos com sua arma de fogo contra os pneus do veículo", diz a decisão.

"Percebe-se que a versão apresentada pelo policial militar investigado veio a ser confirmada por diversas testemunhas inquiridas no âmbito do presente IPM, as quais confirmam que o ato de Edcarlos veio a ocorrer com o claro intuito de impedir que Davi Sadala, o qual havia agredido de forma covarde a cidadã Jéssica, se evadisse do local, já que, momentos antes, teria recebido voz de prisão pela agressão perpetrada", concluiu o promotor, que alegou o excludente de ilicitude para pedir o arquivamento do inquérito.

O caso

Jéssica Bastos foi agredida, na madrugada de sábado, 11 de janeiro, por Davi Sadala (Podemos), marido da prefeita de Almeirim, Adriane Bentes (PL). A vítima postou um vídeo nas redes sociais mostrando as marcas dos socos que levou do homem. Tudo ocorreu em um bar, no município de Almeirim.

A confusão toda começou, segundo relatos colhidos por policiais militares com testemunhas, quando a prefeita achou que estava sendo filmada ou fotografada por Jéssica. Adriane e o marido, apontam os relatos, estavam alcoolizados. A prefeita foi questionar o que a moça fazia com o celular na mão e uma discussão começou. Davi interveio e o bate-boca escalou para a agressão.

O policial militar Edcarlos Ferreira estava no local. Ele estava à paisana e tentou impedir que o casal de políticos fugisse. Davi e Adriane entraram numa picape, modelo Hilux (branca). O policial se colocou na frente do veículo e quase foi atropelado. O homem ainda atirou contra o pneu da caminhonete, mas não funcionou. O casal fugiu.

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