Suspeito de matar companheira ex-companheira tem prisão temporária revogada pela Justiça
A defesa de Arlyson Ferreira de Souza, de 29 anos, suspeito de ter cometido crime de homicídio contra sua companheira, Winglya Lopes Aboim, de 25 anos, e ainda de ter ocutado o cadáver, obteve êxito na Justiça e conseguiu revogar o mandado de prisão temporária contra Arlyson, em 16 deste mês de outubro de 2019, por meio de uma decisão Interlocutória.
No ordenamento jurídico brasileiro, a decisão interlocutória é um dos atos processuais praticados pelo juiz no processo, conforme o artigo 203, do novo Código de Processo Civil, e se traduz quando o juiz decide uma questão incidente sem resolução do mérito, isto é, sem dar uma solução final à ação proposta em juízo.
Segundo informações, a revogação ocorreu por meio de uma decisão interlocutória proferida após três pedidos da defesa de Arlyson Souza, em consequência, o Ministério Público manifestou-se favorável, porém, fez algumas ressalvas pontuais a Arlyson. Ele não poder sair do país e sempre tem informar à Justiça seu endereço atualizado.
O Caso
Arlyson é o principal suspeito de ter morto Winglya, que desapareceu em 8 de maio de 2019, em Itaituba, no sudoeste paraense. Após o sumiço de Winglya, familiares e amigos comunicaram o fato à Delegacia de Polícia local, e iniciaram as buscas pelas jovem, juntamente com os policiais militares e civis.
Em 13 de Junho, uma ossada humana foi encontrada por moradores às margens da Rodovia Transamazônica, entre os km 85 e 90, cerca de 30 metros dentro da mata, nas proximidades da comunidade Vila Raiol. O Instituto Médico Legal foi acionado e após análise de material genético por meio do exame de DNA, realizado em Belém, confirmou-se que os restos mortais eram da moça.
Ainda extremamente abalada, a mãe de Winglya, Eunice Lopes, desabafou em sua página no Facebook, em 11 de setembro. “Já faz quatro meses que minha filha foi assassinada pelo pai de seu filho, faziam sete anos que viviam juntos e até agora não foi feito nada para descobrir onde esse assassino está, mas o que mais me revolta é que ele fica on line e conversa com quem ele quer e a justiça não descobre onde ele está”. disse Eunice Lopes.
Mesmo aflita com a falta de respostas, a mãe acrescentou na postagem, que acredita na justiça divina. “sei que um dia Deus irá fazer justiça, pois sua justiça é perfeita”. Com a revogação do pedido de prisão preventiva contra Alyson, ele que nunca foi preso, por ter saído de Itaituba para o Maranhão, não é mais considerado foragido e responderá ao processo em liberdade até ordem judicial contrária.
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