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Entidade repudia agressões contra criança com autismo em Castanhal e promete providências

Associação Brasileira de Terapia Ocupacional diz que práticas ferem profissão e tomará procedimentos cabíveis

Redação integrada de O Liberal
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A seção regional do Pará da Associação Brasileira de Terapia Ocupacional ( Abrato-PA) divulgou na tarde desta quinta (23) nota se posicionando frente às denúncias de violências que teriam sido praticadas contra uma criança com autismo em uma clínica terapêutica de Castanhal. A família da criança fez a denúncias nas redes sociais esta manhã.

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Na nota, a entidade manifesta "total repúdio" ao que classifica como "atitudes profissionais de indivíduos que descaracterizam os princípios da profissão". Segundo a entidade profissional, se referindo às imagens de agressões que circulam nas redes esta quinta-feira, "a conduta da profissional não é, em hipótese alguma, de acolhimento daqueles que recebem intervenções e serviços em Terapia Ocupacional".

A Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais diz na nota que é uma entidade que atua para a divulgação, promoção e defesa da Terapia Ocupacional, bem como da "prática da profissão conforme os preceitos éticos e deontológicos".

Em sua publicação, a entidade diz que "infelizmente" recebeu imagens onde uma terapeuta ocupacional supostamemte agride uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA). "Ressaltamos que em nenhuma passagem de nossa formação ou até mesmo as abordagens as quais favorecem a realização de nossa atuação, nos métodos ou nas técnicas terapêuticas ocupacionais que fundamentam nossa prática, condizem com ações vistas naquelas imagens". 

image Tapas dados criança em clínica em Castanhal: ações não condizem com prática profissional, diz a Abrato-PA (via redes sociais)

PROCEDIMENTOS CABÍVEIS

A Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais declarou ainda que "em meio à mobilização social e indignação" causadas pelas cenas, orienta os terapeutas ocupacionais e acadêmicos de Terapia Ocupacional que "tenham cautela neste momento e estejam unidos enquanto classe em prol daqueles que tanto nos mobilizam e nos fazem buscar o melhor: nossos pacientes, usuarios ou clientes"

A regional Pará da Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais declarou ainda que está certa de que "todos os procedimentos cabíveis à Justiça e ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 12º Região [Crefito 12] vão ser realizados para o esclarecimento deste lastimável episódio". 

MÃES PEDEM APURAÇÃO

Em nota publica esta quinta-feira (23), após as denúncias que maus tratos contra a criança na clínica terapêutica de Castanhal, o Grupo de Mães Mundo Azul, entidade que congrega mães de crianças com autismo, definiu como "grave ocorrência de violações de Direitos Humanos e de Direitos da Pessoa com Autismo". O grupo também pediu providências.

O vídeo da criança de dez anos, inserida no espectro autista, sendo agredida em uma clínica particular durante um atendimento terapêutico viralizou nas redes sociais na manhã desta quinta-feira (23).

De acordo com informações da promotora Ana Magalhães, amiga da família da criança, que está acompanhando o caso, a mãe recebeu o vídeo na noite de quarta-feira (22), por volta das 20h, sem saber, em primeiro momento, que se tratava do filho. 

O responsável pelas imagens gravou o conteúdo de forma anônima. Elas mostram nitidamente a criança sendo agredida fisicamente por uma profissional da clínica, enquanto outra pessoa, também profissional do espaço, segura um cinto de couro e faz ameaças verbais ao menor.

A família foi orientada a denunciar o caso à Justiça. O caso foi encaminhado para a Promotoria da Infância de Castanhal. A redação integrada de O Liberal tenta contato com a clínica para posicionamento, mas até a publicação dessa matéria não obtivemos retorno. 

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