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'É uma situação gravíssima', diz delegado geral sobre chacina que matou 11 pessoas no Guamá

Titular da Polícia Civil esteve no local do crime e afirmou que criminosos serão identificados e responsabilizados

Redação Integrada de O Liberal
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O delegado geral de Polícia Civil, Alberto Henrique Teixeira de Barros, esteve no estabelecimento comercial no bairro do Guamá, em Belém, onde 11 pessoas foram assassinadas em uma das maiores chacinas da capital paraense, na tarde deste domingo (19), em Belém.

O local do crime, conhecido como Wanda's Bar e Recepções, era um bar de fachada, segundo a Polícia Militar, que servia de espaço para o consumo de entorpecentes e possuía rotas de fugas, o que atrapalhava as ações dos agentes de segurança pública.

image Titular da Polícia Civil, delegado Alberto Teixeira, é categórico: "nós haveremos de responsabilizar todos os criminosos - sejam faccionados, sejam milicianos" (Claudio Pinheiro / O Liberal)

Na chacina, seis homens e cinco mulheres foram mortos a tiros, enquanto apenas um homem sobreviveu e foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Terra Firme, escoltado pela Polícia Militar e Força Nacional, que estavam no local também aguardando a chegada da perícia do Instituto Médico Legal (IML).

Em entrevista concedida a imprensa, o delegado geral Alberto Teixeira falou o cenário de morte que o bar se tornou e os próximos passos das investigações.

Chacina em bar no Guamá deixa 11 pessoas mortas

Ouça o delegado geral Alberto Teixeira e acompanhe na transcrição:

Primeiramente é uma situação gravíssima. Nós temos onze pessoas que foram executadas - algumas com tiro na cabeça, algumas com mais de um tiro. Dentre essas pessoas, seis [homens] e cinco [mulheres], e uma outra pessoa que foi baleada e que foi prestado o socorro, e que [agora] está no hospital.

Efetivamente, descemos com todas as nossas equipes da Polícia Civil para o local, para que nós possamos, efetivamente, avaliar com precisão o local de crime e, por conseguinte, se essas pessoas possuem antecedentes criminais, [qual] o tipo de armamento utilizado [contra as vítimas], bem como [ouvir as] pessoas nas redondezas que viram a ação desses [criminosos], porque várias coisas estão sendo ditas aqui.

[Algumas testemunhas dizem que os executores] chegaram de moto, outros [dizem que chegaram] de carro preto, que estavam encapuzados. Ora entraram dois, ora entraram quatro. Enfim, as investigações serão, com certeza, aprofundadas no grau máximo [de empenho], porque o Estado não vai deixar impune as pessoas que praticaram esses crimes e, efetivamente, vamos [dedicar] todos os esforços da Polícia Civil para elucidar e prender esses criminosos.

A gente não descarta nenhuma alternativa [de como esse crime ocorreu], tudo será analisado pela Polícia Civil do Estado. Toda as vertentes, todas as informações já colhidas, algumas [dessas] informações que, evidentemente, não podemos divulgar, mas muitas informações já foram colhidas pelos nossos agentes e elas serão exauridas na sua totalidade para que a gente descubra não só os autores, mas a razão desta situação, deste crime.

Nesse momento eu não posso lhe dizer se [as pessoas assassinadas] possuem ou não possuem antecedentes criminais. Até porque eu não posso mexer no local de crime para procurar suas identificações, porque é importante que nós tenhamos [uma perícia no] local de crime feito por excelência, por intermédio do CPC Renato Chaves. Mas tão logo nós possamos identificá-los, com certeza, nós vamos ver se possuem antecedentes criminais, se estavam envolvidas com a prática de crimes ou não.

Vamos reforçar, com certeza, as ações [de pacificação]. Elas têm ocorrido tanto por parte da Polícia Militar quanto da Polícia Civil, diuturnamente, fazendo essas ações e operações. [Apesar do crime isso] não será diferente, nós continuaremos no bairro [do Guamá], continuaremos a responsabilizar os criminosos que tentam, de alguma forma, desestabilizar a segurança pública do Estado do Pará.

Evidentemente que sim, [estamos tratando como uma chacina]. Nós temos [informações de que] de 15 a 20 pessoas estavam no estabelecimento comercial bebendo [quando] adentraram os executores e executaram essas pessoas. Trata-se, sim, de uma chacina.

De forma alguma [houve perda de controle, apesar do reforço na segurança pública], o Estado está atuando, a Polícia Civil [está atuando], do início do ano pra cá, já prendeu milhares de pessoas envolvidas em crimes. Agora, fatalmente, pessoas envolvidas com crimes vão tentar desestabilizar a segurança pública. [Mas] nós estamos aqui para levantar, investigar e fazer ação pontual para responsabilizar esses criminosos.

Então, não importa o tempo que demore: nós haveremos de responsabilizar todos os criminosos - sejam os faccionados, sejam milicianos - que estejam agindo nesse Estado, [eles] serão responsabilizados pelos crimes que estão praticando. 

Nós já estamos com um contingente da Força Nacional [e] da Polícia Militar na área, com certeza deve-se intensificar essas ações [nessa semana], bem como a Polícia Civil, com as operações pontuais que estão sendo feitas em bares, em revistas, em conjunto com as demais forças, nós haveremos de intensificar as ações aqui na área.

Não foi a maior [chacina de Belém].

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