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Dez anos depois de matar o marido, Elize Matsunaga revela estar escrevendo livro autobiográfico

Na autobiografia, Elize pretende contar a sua vida antes, durante e depois do homicídio; A bacharel em direito espera que um dia a filha leia e conheça a sua versão da história;

Gabriel Mansur

Dez anos depois de ter assassinado e esquartejado o marido, Elize Matsunaga, 40 anos, pretende publicar um livro autobiográfico chamado “Piquenique no Inferno”, que escreveu à mão dentro da prisão. O livro, que foi escrito em um caderno para crianças, conta a história de Elize antes, durante e depois de ser presa.

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“Minha amada [filha], não sei quando você lerá essa carta ou se um dia isso irá acontecer. Sei o quão complicada é nossa história, mas o que escrevo aqui não se apagará tão fácil”, escreveu Elize em um trecho de uma carta que está no livro, à qual o G1 São Paulo teve acesso.

A versão contada por Elize e que poderá ser conhecida através de seu livro havia sido contada à polícia e à justiça, e foi usada na sua defesa. Mas é a primeira vez que o relato se transformou em um livro. Ela foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) diminuiu a sentença para 16 anos e três meses. Elize deve ser solta em 20 de janeiro de 2028.

Além do livro que virá a ser publicado, a história tem um documentário produzido pela Netflix, intitulado “Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime”, lançado em 2016. A produção tem depoimentos de Elize, familiares, amigos do ex-casal e dos investigadores.

A morte de Marcos Matsunaga

Elize matou Marcos Matsunaga no dia 19 de maio de 2012, no apartamento onde moravam, em São Paulo. Ela tinha 30 anos na época. O empresário recebeu um tiro na cabeça com uma das 34 armas que o casal tinha. Segundo o depoimento da bacharel, Marcos disse que tiraria a guarda da filha do casal e a mataria. O motivo da briga seria que Elize contratou um detetive particular para seguir Marcos e descobriu uma traição.

“Atira, sua fraca! Atira! Sua vagabunda! Atira ou some daqui com sua família de bosta e deixa minha filha. Você nunca mais irá vê-la. Acha que algum juiz dará a guarda a uma put*?”, escreveu Elize no livro que pretende publicar.

Depois de balear Marcos, ela o esquartejou e colocou o corpo em malas que despejou em Cotia, na região metropolitana de São Paulo.

(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)

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