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Ullisses Campbell lança em Belém o livro 'Elize Matsunaga - A mulher que esquartejou o marido'

Confira a entrevista que o autor deu com exclusividade para 'O Liberal Entrevista'

Enize Vidigal O Liberal
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O jornalista paraense Ullisses Campbell lança em Belém o novo livro-reportagem “Elize Matsunaga- A mulher que esquartejou o marido” (Editora Matrix), nesta quinta-feira, 28, na livraria Leitura, do shopping Pátio Belém. Haverá sessão de autógrafos, das 18h30 às 21h30. O livro, que já foi lançado em São Paulo, no mês passado, traz revelações sobre a trajetória de abuso sexual e de prostituição da paranaense de origem humilde, que matou Marcos Matsunaga, herdeiro da indústria Yoki, com quem teve uma filha, em 2012, crime que chocou o país.

A publicação segue a linha do livro-reportagem anterior de Campbell, “Suzane- Assassina e Manipuladora” (Editora Matriz), de 2020, que aborda o caso da mentora do assassinato dos  próprios pais, Manfred e Marísia von Richthofen , em 2002, crime que foi executado pelo namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, e pelo irmão dele, Christian Cravinhos. Inclusive, ele planeja o terceiro livro da trilogia “Mulheres Assassinas”: “Flordelis: Deputada, pastora e assassina”.

Além de reunir os elementos dos processos que apuram os respectivos crimes, Ulisses Campbell investigou histórias da vida pessoal de Elize, assim como fez com Suzane, ouvindo pessoas que conviveram com as assassinas e também com as vítimas. Assim como no livro anterior, a biografia não foi autorizada. Ulisses não entrevistou Elize, que está prestes a cumprir a pena de 19 anos de prisão em Tremembé, São Paulo. Ela firmou contrato de exclusividade com a Netflix, que fez um documentário de quatro episódios sobre o caso. Porém, o livro traz elementos adicionais não explorados no documentário.

Em entrevista ao “Liberal Entrevista”, do portal O Liberal.com, que vai ao ar nesta quinta-feira, 28, Ullisses conta que passou a receber mensagens de mulheres vítimas de violência e até daquelas que tencionam matar os maridos após a publicação do livro sobre Elize Matsunaga. Diferente de Suzane, Elize chega a ser vista como heroína por ter se vingado do marido violento.

Ela matou o marido com um tiro na cabeça no apartamento do casal, em São Paulo, e depois esquartejou o corpo em sete partes, em um trabalho que durou seis horas, e, em seguida, o transportou em três malas a fim de desovar as partes em uma mata na cidadezinha próxima de Cotia.

Perguntado sobre qual foi o crime mais brutal dentre os livros que escreveu, ele responde que Suzane foi mentora, mas não matou os pais, enquanto Elize “pôs a mão na massa”. “Ela levou seis horas para esquartejar o marido com a filha dormindo no quarto ao lado. Isso faz o crime ser mais chocante. Ela foi fria, não teve altruísmo”, descreveu.

“O documentário é uma peça de defesa eficaz, pensada pelos advogados de defesa da Elize. O livro é mais profundo. Ela não é bondosa”, destaca. Campbell apresenta dois laudos psiquiátricos que confirmam o perfil psicopata de Elize e conta muitas histórias, como o perfil violento do pai da biografada, o abuso sexual sofrido aos 15 anos pelo padrasto que culminou com Elize sendo agredida pela mãe e expulsa de casa, e as fases em que atuou como prostituta e como técnica de enfermagem em Curitiba.

“Numa entrevista com a advogada de Elize, Juliane Santoro, ela contou que Elize leu o livro e gostou. Apenas contestou um trecho sobre ela ter se prostituído por 45 dias, quando tinha 15 anos, mas gostou de algumas revelações sobre o marido que ela desconhecia”, comentou. “A biografia não autorizada é interessante porque não depende de autorização para publicar nada. Ela liberou as fontes para falar comigo”, acrescentou.

Vencedor de três prêmios Esso e de um prêmio Embratel pelo jornal O Liberal, Ullisses Campbell tem uma longa trajetória pelo jornalismo. Atualmente, ele trabalha no jornal O Globo.

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