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Crime em família: filha de pastor é presa pela morte do próprio pai em Marabá

Além da filha, o ex-namorado dela também foi preso. Polícia agora procura descobrir quem seriam dois homens igualmente acusados de participar do homicídio

O Liberal
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Raquel Vieira da Silva foi presa, na sexta-feira (25), na paradisíaca Jericoacoara, no Ceará, onde havia constituído nova família e trabalhava como esteticista. Ela é acusada de participar da morte do próprio pai, um pastor, em Marabá.

As informações são do Correio de Carajás, para o qual os vizinhos descreveram Raquel “como bonita, inteligente, mas perigosa”.

Raquel e seu namorado à época, Ailton Pereira Monteiro, são acusados de, no dia 6 de junho de 2018, atuar em conjunto para praticar o assassinato do pai dela, Reginaldo Vieira da Silva, conhecido como pastor Reginaldo, que era dono de uma envazadora de água adicionada de sais próximo à Vila São José, em Marabá.

Passados mais de quatro anos do assassinato do pastor Reginaldo, a Polícia Civil de Marabá desvendou o caso e prendeu dois dos envolvidos no crime: Raquel da Silva e Ailton. Ele é apontado como o autor do homicídio e ela, a mentora intelectual.

A reportagem do Correio apurou que Raquel e Ailton não estavam mais juntos. Ambos já têm outros relacionamentos e até filhos. Ailton foi preso na fazenda em que trabalhava no pequeno município de Hidrolândia, interior do Goiás, na quinta-feira (24).

A investigação foi conduzida pela equipe do delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Cargas, titular do Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Marabá.

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Pastor foi alvo de uma emboscada, segundo a Polícia Civil

A Polícia Civil apurou que o pastor Reginaldo foi alvo de uma emboscada quando chegava à envasadora de água pertencente a ele na BR-230, às proximidades da Vila São José, em Marabá. Baleado, ele foi socorrido ao Hospital Municipal de Marabá (HMM), onde morreu pouco depois de dar entrada. Antes de morrer, porém, teria dito a policiais e profissionais de saúde que o autor dos disparos teria sido Ailton.

No decorrer das investigações, a Polícia Civil descobriu que Reginaldo devia R$ 14 mil para Ailton e este passou a lhe cobrar porque precisava do dinheiro para tirar seu porte de arma. Ocorre, porém, que Reginaldo disse que não tinha o dinheiro e só iria lhe pagar quando pudesse.

Foi aí que Raquel entrou em cena. Ela disse ao namorado que seu pai tinha uma grande quantia em dinheiro para receber em razão de negócios da empresa de fornecimento de água dele. Surgiu então um plano para matar o próprio pai e os dois ficarem com o dinheiro.

image Preso, Ailton Pereira Monteiro é apontado como autor da morte do pastor Reginaldo (Divulgação/foto publicada no Correio de Carajás)

No dia do crime, o pastor Reginaldo passou o dia em Eldorado do Carajás e só chegou a Marabá tarde da noite. Ele foi baleado por volta das 23 horas. Mas, nas horas que antecederam o assassinato, a polícia descobriu que Raquel manteve contato telefônico constante com o pai, como se estivesse monitorando seus passos para avisar ao namorado a hora que o alvo chegaria na cidade.

Ailton e Raquel contaram praticamente a mesma versão à Polícia

Ouvidos no decorrer da investigação, Ailton e Raquel contaram praticamente a mesma versão. Eles disseram ter passado o dia juntos. Assim ela o inocentaria de qualquer acusação.

Mas a polícia teve acesso ao paradeiro dos dois naquele dia e descobriu que o casal manteve uma intensa comunicação por telefone durante todo o dia, o que não faz sentido para duas pessoas que disseram ter passado o dia juntos. Tudo isso levantou suspeitas que robusteceram o pedido de prisão preventiva, que foi decretado pelo Poder Judiciário local.

Outra situação que chamou atenção, também, durante as investigações, foi o fato de que pouco tempo depois do crime, os dois foram embora de Marabá. E não só isso: menos de três semanas depois do assassinato, outras quatro famílias de parentes de Ailton, que moravam na mesma rua, no bairro São Félix, também deixaram a cidade.

Agora, Ailton e Raquel devem ser ouvidos lá mesmo nos locais onde foram presos, possivelmente por videoconferência, e depois serão recambiados para Marabá, onde possivelmente sentarão no banco dos réus para responder pelo assassinato do pastor Reginaldo.

A polícia, agora, procura descobrir quem seriam Dodô e Rói Coco, igualmente suspeitos de participar do homicídio. 

 

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