Corpos de paraenses mortos por engano após ataque a garimpo são sepultados
Dhony Dalton Clotilde Neres e Gustavo Gomes Pereira foram sepultados em Itaituba e Ourilândia do Norte, no domingo (10) e no sábado (9), respectivamente

O corpo de Dhony Dalton Clotilde Neres, de 35 anos, foi sepultado no domingo (10), no Cemitério Municipal de Itaituba, no sudoeste do Pará. Segundo a Polícia Civil do Amapá, ele era garimpeiro e trabalhava de forma legalizada no município amapaense de Calçoene. Já o corpo de Gustavo Gomes Pereira, de 30 anos, natural de Ourilândia do Norte, foi enterrado no sábado (9) nesse mesmo município. Não há informações sobre os sepultamentos dos outros dois paraenses mortos no ataque.
Dhony e Gustavo estão entre os oito garimpeiros mortos após serem atacados por engano em uma área de garimpo ilegal localizada na divisa entre Laranjal do Jari (AP) e Almeirim (PA). Um homem sobreviveu ao ataque.
Quatro das vítimas eram naturais do Pará: além de Gustavo e Dhony, foram identificados Jânio Carvalho de Castro, de 35 anos, de Bom Jesus do Tocantins, e Antônio Paulo da Silva Santos, de 30 anos, de Capitão Poço.
Segundo a Polícia Civil, o grupo foi alvo de extrema violência após ser confundido com assaltantes que teriam atuado na região em 31 de julho. Também morreram Luciclei Caldas Duarte, de naturalidade não informada até o momento; Elison Pereira de Aquino, de 23 anos; um homem não identificado, mas que seria de Calçoene (AP); e outra vítima ainda sem identificação.
As investigações apontam que as vítimas haviam saído do Amapá na sexta-feira (1º/8) para visitar uma área de terra no Pará. As caminhonetes usadas na viagem foram deixadas estacionadas, enquanto o grupo seguiu de barco até o local da negociação. Na segunda-feira (4/8), eles chegaram a usar internet via satélite para informar aos familiares que retornariam a Laranjal do Jari, mas o contato foi perdido em seguida.
Parentes procuraram a polícia na terça-feira (5/8), e, no dia seguinte, moradores encontraram as caminhonetes incendiadas em um ramal abandonado. O sobrevivente foi resgatado pelo Grupo Tático Aéreo e relatou que escapou ao se esconder na mata, conseguindo pedir ajuda em uma comunidade próxima. Na mesma noite, equipes localizaram e resgataram os corpos, que foram encaminhados para necropsia antes de serem liberados às famílias.
A Polícia Civil do Amapá informou que já identificou suspeitos, mas ninguém foi preso até o momento. As investigações seguem sob sigilo e contam com apoio das autoridades paraenses. Em nota, a Polícia Civil do Pará informou que equipes da Delegacia de Monte Dourado, da Superintendência Regional do Baixo Amazonas e da Divisão de Homicídios de Belém atuam no caso, com reforço do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).
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