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Chacina que vitimou família pode ter sido motivada por conflitos agrários, dizem testemunhas

Testemunhas indiretas relataram à Polícia Civil que o ambientalista José Gomes, o Zé do Lago, teria um passado de envolvimento com questões fundiárias

O Liberal
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O caso da família que foi vítima de uma chacina no município de São Félix do Xingu segue em investigação, e a Polícia Civil continua colhendo depoimentos de testemunhas indiretas, ou seja, que não estavam no local do crime mas que podem contribuir com informações. Na manhã desta quinta-feira (3), o delegado Cláudio Galeno, diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, revelou que há relatos de que o ambientalista José Gomes, o Zé do Lago, teria um passado de envolvimento com questões fundiárias. Mas ainda não se sabe se isso teria ligação com o crime.

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"O que se tem, através de depoimentos de testemunhas indiretas, é que a vítima possuía, há bastante tempo, cerca de 20 anos atrás, uma vida que seria envolvida com questões fundiárias, crimes fundiários. Mas até então, tudo isso ainda está na fase de testemunhas, nada que possamos identificar ou mesmo ter a certeza de que o crime está inserido nesse contexto de conflito agrário", ressaltou o delegado Cláudio Galeno.

Ele também informou que não há nenhum relato de familiares e outras testemunhas de que Zé do Lago, a esposa, Márcia Nunes Lisboa e a filha, Joene Nunes Lisboa, já tenham sofrido qualquer tipo de ameaça. "Não havia relatos nem da família, nem das vítimas, de ameaças ou envolvimento com brigas ou qualquer confusão envolvendo o Zé do Lago com inimigos ou algo parecido", pontuou o diretor da DH.

Há, nos depoimentos colhidos pela Polícia Civil, relatos de familiares de que Zé do Lago era uma pessoa muito reservada e discreta, que não gostava de aparecer em fotografias ou expor sua vida pessoal. "Era uma característica da vítima. Ele realmente não gostava de aparecer em fotos, segundo os relatos da família", declarou Galeno. Agora, as investigações seguem com o auxílio da Polícia Científica do Pará (PCP), polo Marabá, com a coleta de novas informações e provas que possam auxiliar a entender o que, de fato, levou à chacina que vitimou a família.

O caso

Os corpos da família foram encontrados no dia 9 de janeiro deste ano, com marcas de tiros, em uma fazenda localizada na Cachoeira do Mucura, que fica às margens do Rio Xingu, no município de São Félix do Xingu. Por conta do avançado estado de decomposição, a polícia entendeu que as vítimas já estavam mortas há alguns dias. O casal de ambientalistas vivia no local há mais de 20 anos.

No último dia 14 de janeiro, o Ministério Público Federal (MPF) deu início a um procedimento para acompanhar o andamento das investigações. Para o MPF, os fatos são de extrema gravidade e se inserem em um contexto de reiterados ataques a ambientalistas e defensores de direitos humanos no país. Mais de 50 entidades e movimentos sociais divulgaram uma carta pública cobrando rapidez nas investigações e responsabilização dos envolvidos.

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