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Caso Bruno Damasceno: morte do estudante ainda é um mistério quase dois meses após início da perícia

Laudo pericial ainda não foi entregue e nenhum envolvido foi identificado nas investigações. Estudante é homenageado em projeto universitário

O Liberal
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Quase dois meses depois do início da necropsia, o laudo que pode apontar as prováveis causas da morte de Bruno Damasceno, que era estudante de medicina veterinária da Universidade Federal Rural do Pará (Ufra), ainda não foi concluído e investigações também não chegaram a identificar nenhum suspeito. A família segue sem respostas. Na última quarta, 28, o estudante foi homenageado em um projeto da Ufra.

O corpo de Bruno foi encontrado pelas autoridades no dia 12 de agosto deste ano, em avançado estado de decomposição no Rio Maguari, passando o Parque dos Igarapés, no bairro do Tenoné, em Belém. Ele foi dado como desaparecido no dia 6 do mesmo mês.

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Imagens de câmera de segurança de um restaurante localizado na avenida Marquês de Herval, no bairro da Pedreira, são os últimos registros de Bruno ainda em vida, no dia 7 de agosto, por volta das 5h48. Segundo o rastreio de localização do celular do estudante feito pela família ainda no primeiro dia de desaparecimento, o último lugar em que Bruno esteve teria sido em Ananindeua.

Desde que o corpo foi encontrado, a Polícia Científica do Pará (PCP) realiza perícia para tentar compreender a provável causa da morte de Bruno e a Polícia Civil (PC) investiga o caso para tentar esclarecer o que aconteceu desde o desaparecimento. Até o momento, nenhum resultado foi obtido. Em nota, as polícias afirmam:

"A Polícia Científica do Pará informa que o procedimento está sendo realizado e ao ser concluído o laudo será repassado para a Polícia Civil. Já a PC informa que equipes da Divisão de Homicídios continuam realizando diligências para identificar os envolvidos na morte do universitário Bruno Rafael Damasceno. Informações que auxiliem nas investigações podem ser repassadas via Disque-Denúncia, número 181. O sigilo é garantido".

Segundo Silvâni Barros, mãe do estudante, toda essa espera tem sido angustiante: "Afinal, já vai fazer dois meses e nada de resposta da autoridades responsáveis. Fico imaginando se por um acaso for constatado algo criminoso, como vão resolver se já se passou tanto tempo?", questiona.

 

Estudante é homenageado em projeto universitário

Na última quarta-feira, 28, integrantes de um projeto de pesquisa e extensão da Ufra, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade de São Paulo (USP) fizeram uma homenagem a Bruno Damasceno.

O projeto de pesquisa "Amor de Gato", voltado para compreender a relação afetiva entre gatos e tutores, passou a ter uma ilustração baseada na foto de Bruno como logotipo nas redes sociais:

"O projeto Amor de Gato iniciou em 2021 e, durante dois anos, contamos com a dedicação do nosso querido Bruno Rafael, que abraçou o projeto desde o início, amou e se doou de forma ímpar a essa pesquisa, mas que logo deixou saudade. O Amor de Gato dará continuidade ao seu trabalho com força total, como forma de honrá-lo e de prestar nossa mais sincera homenagem a ele. Assim, a logo reproduz uma foto de Bruno em seu segundo ano de trabalho conosco", foi registrado em publicação do projeto, nas redes sociais.

Para a mãe de Bruno, esta homenagem é um conforto em memória ao filho: "[Eu achei] maravilhoso. Fico feliz em ver o reconhecimento da dedicação do meu filho Bruno e sei que ele está feliz em ver tudo que estão fazendo em sua memória", declara.

Rayane Gonçalves, que é estudante de Medicina Veterinária e era amiga de Bruno desde o ano de 2020, relata que a convivência com ele iniciou na sala de aula e, em seguida, quando ambos começaram a estagiar juntos no Canil e Gatil da Ufra. Segundo ela, Bruno era muito empenhado e participativo no projeto.

"Ele sempre teve muito orgulho desse trabalho, nos repassava seus conhecimentos e nos incentivava cada vez mais. Se o projeto chegou até aqui, com dezenas de dados coletados, foi por conta de toda a dedicação do nosso Bruno", disse Rayanne. 

"Assim, consideramos justo prestar essa homenagem a quem tanto nos ensinou como pesquisador e como amigo. O projeto é como uma parte do Bruno conosco, e continuaremos trabalhando por ele, pois era seu sonho trazer o retorno desse estudo à comunidade", finalizou a estudante.

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