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Casal é preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento de contador em Xinguara

Na residência da vítima, a polícia descobriu vestígios de sangue em dois lençóis e em um colchão; contudo, não havia indícios de arrombamento

Gabriel Pires
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Um casal foi preso temporariamente na última sexta-feira (7) suspeito de envolvimento no desaparecimento do contador Victor Augusto da Rocha Arnaud, de 53 anos, morador de Xinguara, no sudeste do Pará. Os detidos foram identificados como Gigliolla Sena Silva, de 30 anos, e Wanderson Silva de Sousa, de 28. Gigliolla tem uma filha de cinco anos com a vítima.

Informações do portal Correio de Carajás apontam que, de acordo com informações da Polícia Civil, o veículo de Victor foi localizado no município de Estreito, no Maranhão. A partir das informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), agentes da Guarda Municipal de Estreito abordaram o casal em uma balsa que atravessava o rio Tocantins. Eles estavam acompanhados da filha de Gigliolla e Victor.

A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Vara Criminal de Xinguara, por suspeita da prática de latrocínio (roubo seguido de morte). Durante as diligências na residência de Victor, os investigadores encontraram o imóvel em estado de desorganização. Havia manchas de sangue em dois lençóis e em um colchão, além da ausência do veículo na garagem. Apesar disso, não foram observados sinais de arrombamento nas portas ou janelas.

Uma câmera de segurança foi localizada caída no chão da cozinha, sem o cartão de memória - indício que, segundo o inquérito, pode apontar uma tentativa de apagar evidências. Na mesma decisão que determinou a prisão do casal, a Justiça ordenou que o Conselho Tutelar de Estreito e de Xinguara fosse acionado para adotar medidas de proteção e guarda provisória da criança, filha de Gigliolla e Victor.
O órgão deve identificar familiares aptos a assumir a guarda da menina.

Desaparecimento e indícios suspeitos

Segundo o portal Correio de Carajás, um amigo de Victor — com quem ele mantinha contato diário por motivos de trabalho — percebeu o desaparecimento após o contador parar de responder mensagens. Familiares e colegas também tentaram contato, sem sucesso, inclusive uma das filhas da vítima. No dia 4 de novembro, Victor teria solicitado R$ 1.600 a um conhecido, afirmando que usaria o dinheiro para a festa de aniversário da filha. O pedido chamou atenção, já que ele era financeiramente estável e não costumava pedir dinheiro emprestado.

Ainda no mesmo dia, uma foto do cachorro de Victor dentro de um carro foi publicada nas redes sociais dele. Amigos acharam estranho, pois o empresário nunca viajava com o animal, preferindo deixá-lo sob cuidados de conhecidos. O cachorro foi posteriormente encontrado amarrado próximo à rodoviária de Xinguara.

Investigações continuam

No dia 5 de novembro, uma colega de trabalho recebeu uma mensagem atribuída a Victor, afirmando que ele estava na Receita Federal de Redenção. A mensagem vinha acompanhada de uma foto de visualização única, mostrando apenas parte de um braço. A colega, porém, achou estranho o detalhe de o braço estar depilado, já que Victor tinha muitos pelos.

As autoridades de Xinguara aguardam a transferência de Gigliolla e Wanderson para que prestem depoimento e auxiliem na localização de Victor. A prisão temporária tem prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada conforme o andamento das investigações.

A Redação Integrada de O Liberal solicitou mais informações à Polícia Civil e aguarda retorno.

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