Cadeias do Pará adotam sistema de reconhecimento facial para controlar entradas
Software que verifica a identidade por imagens já está funcionando em todas as unidades prisionais do Pará e na sede da Seap

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Pará (Seap) confirmou esta sexta (28) que um novo sistema de reconhecimento facial foi implantado em todas as unidades prisionais do Pará e na sede administrativa da secretaria, desde a última terça-feira (25). Segundo a Seap, a meta é fortalecer o controle de acesso e segurança do sistema penitenciário do Estado.
Segundo diz a Seap, a nova tecnologia já está em funcionamento e é utilizada para identificar todos que circulam pelas unidades prisionais do Pará, como os policiais penais, colaboradores, internos, advogados e visitantes. A implantação ocorre dez meses após a adoção do acesso biométrico nas unidades prisionais.
O novo sistema de reconhecimento facial verifica identidades por meio da captura da imagem e análise e processamento de detalhes de rostos. Os dados são verificados em uma comparação da imagem com outras previamente cadastradas no banco digital.
O software utilizado foi desenvolvido exclusivamente para a Seap, com a tecnologia Liveness Detection - que torna a captura facial mais efetiva ao identificar se o rosto apresentado à câmera é real. O sitema minimiza registros de imagens desnecessárias e pode evitar tentativas de acesso não autorizado a áreas prisionais.
A adoção do sistema de reconhecimento facial nas casas penais do Pará dará reforço ao sistema de controle biométrico - que, além de identificação e autorização do acesso, já apoiava a comprovação da vacinação contra a covid-19 de servidores. A biometria já dava também como apoio à pesquisa científica de polícias judiciárias, estadual e federal, e da Interpol. A adoção do reconhecimento facial aprimora esse esforço.
“Não é apenas um instrumento de controle de acesso de pessoal, de monitoramento interno das pessoas privadas de liberdade. É um sistema que colheu a biometria de todos aqueles que frequentam o sistema prisional. O Pará é o único sistema penal no Brasil que tem 100% da colheita biométrica de custodiados, servidores, familiares cadastrados para visita, e de terceiros que acessam o sistema prisional”, frisa o secretário Jarbas Vasconcelos, titular da Seap.
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