Assalto termina com taxista e suspeito mortos em loja automotiva na avenida João Paulo II, em Belém
Segundo a família do taxista, ele tinha ido ao local para trocar o pneu do carro. A Polícia Civil apura as circunstâncias da morte dele

O taxista Odinelson da Silva e Edilson Andre Ayres Lobato morreram sexta-feira (9/5) após um assalto na avenida João Paulo II, entre as travessas Humaitá e Chaco, no bairro do Marco, em Belém. O delegado Evandro Araújo, titular da Diretoria de Polícia Especializada (DPE), explicou que o taxista aguardava atendimento no estabelecimento quando Edilson, que estava envolvido em um assalto, correu para o local e entrou em confronto com a Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR).
Segundo Evandro, Odinelson foi feito refém por Edilson. Além dele, outras três pessoas participaram do crime, que ocorreu por volta das 12h. Duas delas já foram presas e a outra está foragida.
“Recebemos a informação em cima da hora de que estava ocorrendo um assalto aqui nessa loja. A DRFR fica muito próxima, então os policiais vieram até o local e houve essa troca de tiros. Eles tentaram assaltar a sapataria e depois correram para cá. O taxista estava aguardando atendimento. Não sabemos as circunstâncias em que ele foi baleado”, contou o delegado, que reforçou que a ação dos policiais contra os suspeitos foi legítima.
No estacionamento da loja automotiva era possível ver marcas de tiro nas paredes e sangue em alguns automóveis. Um rapaz que mora bem próximo dali conversou com a reportagem, mas pediu para não ser identificado. Ele contou os momentos de tensão durante o confronto da polícia com o suspeito.
“Eu estava almoçando quando ouvi os primeiros tiros. Pensei que fossem fogos, porque na João Paulo as pessoas fazem muito isso. Quando eu saí da cozinha e fui para sala, os tiros se intensificaram. Acho que foram uns três minutos só de tiros”, relatou.
Outros residentes também comentaram que os suspeitos assaltaram vários locais até serem interceptados pela polícia. A Redação Integrada de O Liberal procurou a Polícia Civil para comentar o assunto e aguarda retorno.
Angústia e revolta
A Polícia Científica, junto com a Divisão de Homicídios (DH), da PC, foram acionadas ao caso para investigar as circunstâncias das duas mortes. Desde o começo da tarde, familiares de Odinelson, inclusive o filho dele, que estava bastante abalado, também estavam à procura de respostas. No entanto, por conta da demora por informações, eles fecharam parte da João Paulo. “Eu só pedi informações. Amigos e familiares só querem saber disso. Ele era um trabalhador, taxista. Tinha ido trocar o pneu”, contou Renata Ramos, sobrinha de Odinelson.
Após o fim do trabalho da perícia, os parentes entraram na loja e reconheceram que o taxista estava entre os mortos. Tanto o corpo do taxista quanto o do Edilson foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). Depois disso, o trânsito na via foi normalizado.
O perito criminal Benedito Leão confirmou que Odinelson e o suspeito foram atingidos por disparos de arma de fogo e adiantou que o caso está sob sigilo. “A perícia vai ser concluída em 10 dias e depois vai ser entregue ao delegado para se ter uma dinâmica do que aconteceu. O delegado comentou que colocará (o caso) em segredo de justiça”, afirmou.
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