Dupla suspeita de envolvimento em furto de R$ 107 milhões é presa no Pará
Investigações apontam fraude eletrônica envolvendo credenciais de gerentes; prisões ocorreram na terceira fase da operação
A Polícia Civil prendeu dois homens na manhã de quarta-feira (17/12), em Imperatriz, no Maranhão. As prisões fazem parte da terceira fase da operação “Porta 34”. Os suspeitos estariam envolvidos em um furto bancário de aproximadamente R$ 107 milhões, ocorrido em julho em uma agência de Santa Inês, no Maranhão.
As investigações indicaram que o crime aconteceu por meio de fraude eletrônica, utilizando as credenciais de dois gerentes bancários. Nesta fase da operação, mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos em Imperatriz e São Luís, ambos no Maranhão.
Os mandados, expedidos pelo Juízo das Garantias da Região Metropolitana de Belém (TJPA), buscaram apreender dispositivos eletrônicos, documentos e registros financeiros. A ação visa desarticular o núcleo operacional do esquema criminoso. “Os integrantes do grupo se reuniam virtualmente para planejar o ataque eletrônico”, disse o delegado Yuri Vilanova, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe).
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Início da investigação
As ações foram realizadas pela Dioe e pela Delegacia Especializada em Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (Deof), com o apoio da Polícia Civil do Maranhão. A investigação começou em julho, após a identificação de um ataque eletrônico ao sistema bancário.
O ataque utilizou acesso indevido e transferências automatizadas em larga escala, conforme detalhado pelo delegado Tainan Carqueija. As autoridades concentram esforços para elucidar todos os detalhes do esquema.
Fases anteriores
Na primeira fase da operação, a polícia prendeu o gerente da agência bancária. Ele seria o responsável por inserir um dispositivo malicioso na rede interna da instituição, facilitando o acesso remoto indevido aos sistemas.
A segunda fase das investigações resultou na prisão do recrutador do gerente. Ele teria prometido R$ 3 milhões como recompensa pela participação na fraude.
As investigações permanecem em andamento e sob sigilo para garantir a efetividade das diligências. Os dois homens presos na terceira fase são suspeitos de associação criminosa e lavagem de dinheiro contra instituição financeira.
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