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Caso Ruthetty: O que se sabe sobre a morte da rainha do tecnomelody e a investigação por feminicídio

A família pede celeridade à Polícia Civil para que o caso seja rapidamente esclarecido e o autor do crime identificado

Riulen Ropan

A morte da cantora paraense Rute Gomes dos Santos, conhecida como Ruthetty, ícone do tecnomelody e do brega, encontrada sem vida em Belém na última quarta-feira (3), está sendo investigada sob sigilo pela Delegacia de Feminicídio (Defem). As apurações iniciais, bem como o relato da família, indicam que a artista não cometeu suicídio e teria sido vítima de um "crime bárbaro".

Ruthetty, famosa por sucessos como “Viver de Ilusão” e “Amor da Minha Vida, Eterno Amor”, foi encontrada morta dentro de uma residência no bairro da Marambaia, em Belém. No momento da localização, ela vestia apenas uma blusa e tinha um tecido envolto no pescoço.

A Polícia Civil, através da Delegacia de Feminicídio, informou que as circunstâncias da morte estão sendo apuradas sob sigilo. A investigação inclui a oitiva de testemunhas, a análise de imagens de câmeras de segurança e a solicitação de perícias. A Polícia Científica do Pará periciou o corpo, que foi liberado na manhã de quinta-feira (4).

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Indícios de violência e suspeita de homicídio

A principal suspeita levantada pelas fontes e pela família é de homicídio, negando veementemente a hipótese de suicídio.

O que apontam as apurações iniciais:

  • Fontes da Polícia Científica, citadas pelo jornalista Wesley Costa, indicam que Ruthetty teria sido golpeada na região da cabeça.
  • O principal suspeito é o ex-companheiro da cantora.
  • O suspeito teria tentado simular um suicídio ao vestir a artista e posicionar um tecido em seu pescoço.

O que relata a família:

A irmã de Ruthetty foi a primeira a chegar ao local e encontrou a casa "bastante revirada" ou "bagunçada". A família gravou um vídeo mostrando manchas de sangue no ambiente e argumentando que "enforcamento não sai sangue", reforçando a tese de "luta corporal".

Durante o velório, o irmão da cantora, Ivanildo Gomes dos Santos, relatou que a visita ao Instituto Médico Legal (IML) reforçou a convicção de que Ruthetty foi vítima de violência física, descrevendo que ela foi "torturada". Segundo ele, os detalhes da perícia indicam que a artista foi "engasgada, sufocada", além de ter levado batidas na cabeça e apresentar muitos hematomas no rosto. Ele classificou o ato como um "crime bárbaro" e "muito planejado".

A família também relatou que o celular da cantora está desaparecido desde a última sexta-feira (28/11).

O legado da rainha do tecnomelody

Ruthetty, cujo nome de batismo era Rute Gomes dos Santos, foi um dos grandes nomes da música romântica e do tecnomelody paraense, ganhando destaque nacional no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000. A artista celebrou em 2024 seu retorno aos palcos e a conexão afetiva com o público.

O corpo da cantora foi velado em Belém na quinta-feira (4), na funerária Goldpax, no bairro do Marco. O sepultamento estava previsto para a sexta-feira (5), às 10h, no Cemitério Parque Memorial Metrópole, em Ananindeua, sendo um evento aberto ao público.

A família pede celeridade à Polícia Civil para que o caso seja rapidamente esclarecido e o autor do crime identificado.

(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de oliberal.com)