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Gato gera multa de R$ 12,6 mil e acaba em 'prisão domiciliar'

Rémi, um gato laranja, foi proibido de sair de casa por ordem judicial, após invadir propriedade de vizinho

Jennifer Feitosa

Um gato francês foi colocado em prisão domiciliar após invadir o quintal de um vizinho e causar prejuízos. A situação gerou multas de € 2.050, o equivalente a R$ 12,6 mil, e uma ordem judicial que restringe a liberdade do felino. O caso envolve Rémi, um felino laranja, e sua tutora, Dominique Valdes, residente em Agde, na costa sul da França. A decisão judicial proíbe o animal de aproveitar o ar livre, gerando preocupação entre amantes de gatos sobre um possível precedente perigoso.

As caminhadas de Rémi foram consideradas como um “impedimento de aproveitar o jardim” pelo vizinho, que alegou que o felino atrapalhava seu espaço. O valor cobrado refere-se aos danos causados e às multas aplicadas.

Detalhes da “prisão domiciliar” do gato

A população francesa demonstra receio de que este caso possa levar à necessidade de manter gatos na coleira para controlar seus movimentos. A ordem judicial, direcionada especificamente a Rémi, impede-o de sair de casa.

De acordo com a rádio local Wave, o vizinho apresentou fotos e vídeos como provas das repetidas invasões de Rémi em sua propriedade. Entretanto, a tutora contesta as alegações, afirmando que o animal flagrado não é o seu gato.

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Impacto na saúde e comportamento do felino

Apesar da contestação da tutora, a decisão de prisão domiciliar não foi revertida, e o gato Rémi continua confinado. Dominique relatou mudanças significativas no comportamento e na saúde do animal.

“Ele engordou, ficou agressivo. É como se tivesse sido condenado à prisão domiciliar”, informou Dominique, descrevendo o estado atual do felino após o confinamento imposto pela justiça.

Gatos devem sair de casa para passear?

A maioria dos veterinários e especialistas é unânime em proibir que gatos tenham acesso livre à rua, pois é mais seguro mantê-los em casa. Os principais perigos externos incluem atropelamento, brigas, maus-tratos e a contração de doenças graves como a FIV/FeLV, o que reduz drasticamente a expectativa de vida do felino. Para tutores que não conseguem evitar completamente o acesso à rua, é essencial que os gatos sejam castrados e tenham a vacinação em dia (incluindo a quíntupla).

A veterinária comportamentalista Aina Bosch explicou, à coluna Meu Pet, do JC, que "desde que a casa ou apartamento onde ele vive tenha recursos de enriquecimento ambiental para a espécie", não tem nenhum problema em criar o animal sem sair para passeios. Então, manter o gato em casa é indicado e garante seu bem-estar, desde que haja enriquecimento ambiental no local. Isso inclui:

  • Instalar prateleiras e nichos nas paredes;
  • Criar rotinas de brincadeiras que simulem a caça;
  • Disponibilizar arranhadores e esconderijos (como caixas);
  • Considerar passeios seguros com coleira e guia.

O tutor é o responsável por ser o guardião da integridade física do animal.