Depressão em animais: seu bichinho também pode sofrer com problemas psicológicos; saiba mais
Saiba como detectar se seu pet pode estar sofrendo de depressão e como tratá-lo

Nos últimos anos, tem sido recorrente o diagnóstico de problemas de cunho psicológico em humanos. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde com base na Pesquisa Vigitel 2021, um dos relatórios mais amplos sobre o setor no país, apontam que existem mais pessoas com depressão do que com diabetes, uma das doenças mais recorrentes no Brasil. A pesquisa revela que os números de quadros de depressão, síndrome do pânico, entre outras, atingem aproximadamente 11,3% dos brasileiros. As mulheres são as mais acometidas pela depressão, com 14,7%, contra os 7,3% no sexo masculino.
Com o boom da pandemia da covid-19, houve uma transformação global do comportamento humano e também dos animais, o que fez aumentar, também, os casos de depressão em pets. Muitas patologias, inclusive, estão conectadas diretamente com a pandemia. O alto índice de mortalidade em vários países e a imposição de um rígido isolamento alteraram os sentimentos e emoções em humanos e animais.
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Relatos de animais de estimação que conviviam de maneira harmônica ou que eram tratados como verdadeiros ‘filhos’ em suas casas e que também tiveram o seu emocional afetado diante da mudança de comportamento de seus tutores e de tudo à sua volta ficaram cada vez mais frequentes. Para a medicina veterinária, eles passaram a reproduzir os sentimentos de seus donos, incluindo a temida depressão.
Pesquisas recentes realizadas com animais comprovaram a existência de quadros de tristeza profunda em cães e gatos. A perda de alguém amado e os longos períodos de solidão são apontados como os principais fatores para essa melancolia. A médica veterinária Marcela Bernal explica que os casos de depressão em cães e gatos atingem um número bem maior de animais do que o imaginado.
“Estudos comprovam que os transtornos em animais se dão devido a convivência de forma intensa com os donos e a domesticação. Geralmente os animais acometidos pela depressão ou ansiedade possuem uma ‘dependência emocional’ de seus tutores”. “Independência emocional animal é fundamental para desempenhar os hábitos e ações respeitando as características de cada espécie como felinos e caninos. Cada um tem um comportamento que precisa ser respeitado, ainda que convivam juntos, eles possuem diferenças”, diz a veterinária.
De acordo com a veterinária, uma maneira de identificar a doença é estar atento a alguns sinais.
Quais os sintomas de depressão em animais?
- apatia
- lambedura excessiva pelo corpo
- dermatopatias de mutilação (animais se mordem ou arrancam pedaços do corpo)
- anorexia (não se alimenta)
- não brincar
- não quer beber água
- isolamento
- comportamento melancólico
Saiba como tratar a depressão de animal?
Assim como em humanos, alguns cuidados e atitudes são eficazes para manter a saúde do animal e livrá-lo de problemas físicos ou emocionais. Lembre-se: todas essas ações são benéficas para o desenvolvimento do animal:
- Manter uma alimentação de qualidade;
- manter a vacinação em dia;
- levar para passeios periódicos (em horários que não causem mal-estar);
- dar banho;
- dar carinho;
- brincar;
- conversar (ainda que ache que ele não entenda).
De acordo com Bernal, a depressão dificilmente pode levar o animal à morte, mas causa grandes prejuízos à sua saúde e diminuição da imunidade, que torna o animal suscetível a inúmeras doenças sejam causadas por vírus, bactérias, parasitoses ou a desenvolver problemas renais devido a pouca ingestão de água. “Esse quadro é considerado grave e pode comprometer a saúde e a vida deste animal”, alertou a médica veterinária.
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