Uepa vota sistema de cotas raciais nesta quarta-feira (22)

A votação será realizada por volta das 10h, e para ser aprovada, a proposta precisa receber a maioria absoluta de votos. Movimentos da população negra vão acompanhar a votação com atividades culturais.

Fabyo Cruz
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O Conselho Universitário da Universidade Estadual do Pará (Uepa) pode definir, nesta quarta-feira (22), a inclusão do sistema de cotas raciais para os processos seletivos da instituição de ensino superior paraense a partir de 2023.  A inserção já era anseio dos movimentos sociais e proposta de campanha do atual reitor Clay Chagas e da vice-reitora Ilma Pastana. A votação será realizada por volta das 10h, e para ser aprovada, a proposta precisa receber a maioria absoluta de votos.  

No Brasil, o sistema de cotas foi instituído em 2012, por meio da Lei Nº 12.711, conhecida também como Lei de Cotas, com o objetivo principal de reparar a desigualdade racial, econômica e educacional na sociedade, porém, é válida apenas no âmbito das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas federais. Trata-se de uma ação afirmativa que tem como objetivo assegurar o acesso a maiores oportunidades aos grupos mais desfavorecidos, principalmente nas universidades e concursos públicos.

Para o professor doutor Clay Chagas, o sistema de cotas raciais possui uma importância para além da universidade, pois ele afirma que as cotas são instrumentos de políticas afirmativas que fazem com que a instituição possa ser democrática de fato. “A universidade aprovando essas contas, com certeza dará passos largos para que possamos tornar a instituição mais inclusiva, que de fato atenda às demandas do estado a partir das suas particularidades étnicos raciais”, disse o reitor.

Grupos que representam as populações de origem negra e indígenas estão esperançosos pela aprovação do sistema de cotas para o processo seletivo da Uepa. O instrumento de inserção tem como objetivo reduzir a desigualdade racial e o racismo estrutural resultantes de anos de escravidão no Brasil, que ainda excluem pessoas negras e indígenas do ensino superior, do mercado de trabalho e dos espaços públicos.

O conselho pleno universitário da Uepa é composto de 40 membros distribuídos de seguinte forma: o reitor como presidente; vice-reitor como vice-presidente; os pró-reitores; diretores de Centros Universitários; representantes docentes distribuídos por Centro; quatro representantes do pessoal técnico-administrativo, sendo um de cada Centro Universitário e um da Reitoria; quatro representantes dos discentes; quatro representantes da comunidade externa, sendo um do setor educacional, um do setor empresarial, um da classe política e um da classe trabalhadora.

Durante a votação, movimentos sociais da população negra vão acompanhar e promover atividades culturais e políticas.

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