Pará reduz desmatamento da Amazônia em 55% nos últimos três anos

A redução representa a maior queda em área desmatada da Amazônia Legal nos últimos anos

O Liberal

O Pará registrou uma queda expressiva de 55% no desmatamento da Amazônia nos últimos três anos. Entre os ciclos de 2020-2021 e 2023-2024, a área devastada passou de 5.238 km² para 2.395 km². Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A redução representa a maior queda em área desmatada da Amazônia Legal nos últimos anos. Apesar do avanço, o Pará segue como o estado que mais desmata, sendo responsável por 36,74% da destruição da floresta no último período analisado.

Mesmo com a liderança nos números absolutos, a desaceleração no Pará foi essencial para a redução de 52% da taxa de desmatamento em toda a Amazônia Legal entre 2021 e 2024. Em 2024, o estado também manteve o ritmo de queda, com uma redução de 28,4% na taxa anual.

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Outro destaque foi a queda na participação do Pará nos alertas de desmatamento: de 31% em 2024 para 17% em 2025, o menor índice dos últimos anos. No acumulado entre agosto e maio (ano Prodes 2025), os alertas caíram de 38% para 29%.

Apesar da melhora recente, desde o início da série histórica do Prodes, em 1988, o Pará já perdeu 172.468 km² de floresta, o que representa 34,67% de todo o desmatamento acumulado da Amazônia Legal.

O pico do desmatamento ocorreu em 2004, quando o estado destruiu 8.870 km² de vegetação, ficando atrás apenas do Mato Grosso. Desde o fim dos anos 1980, os dois estados revezam-se nas primeiras posições do ranking de devastação.

O melhor resultado do Pará foi em 2012, com o desmatamento de 1.741 km², o que ainda representava 38% da taxa total da Amazônia naquele ano.

A Redação Integrada de O Liberal solicitou informações à Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) sobre as ações adotadas para conter o desmatamento no estado. Por nota, a pasta informou que o Estado, com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), irá plantar cerca de 200 mil mudas em vias públicas de Belém nos próximos dois anos. "A ação, que contará com a parceria da prefeitura da capital, é uma iniciativa estratégica para a ampliação das áreas verdes de Belém. No âmbito estadual, a Semas segue em articulação com os municípios, estimulando iniciativas de desenvolvimento sustentável que fomentam a conservação da cobertura florestal", diz o comunicado da secretaria.

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