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Para os veranistas, quase nada mudou em Salinópolis

Os visitantes das praias se sentem seguros pelo lugar aberto e dispensam uso de máscaras, mesmo em contato com trabalhadores. Maçarico tem ficado lotado à noite

Victor Furtado

Visualmente, para um primeiro final de semana de julho, as praias não estavam de fato lotadas. O dia de hoje, nem de longe, se parecia com um domingo de julho. A ausência dos piqueniques certamente é um dos elementos que leva a essa impressão. Quase todas as barracas estabeleceram espaçamentos mais seguros entre cada conjunto de mesa e cadeiras. As que não pareciam manter tanta distância eram compostas por famílias um pouco maiores.

A exceção do público que costuma compor as excursões, a rotina no balneário não foi muito alterada para os demais visitantes. Carros na areia, passeios de quadriciclo, brincadeiras pagas no lago da Coca-Cola — que registrou uma concentração um pouco maior de pessoas e sem nenhum fiscalização —, treinos de kitesurf, sessões de selfies para as redes sociais. Em fim, nada de novo sob o sol.

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image Passeios de quadriciclo, treinos de kitesurf e outras formas de lazer deram ao primeiro domingo de julho no Atalaia um ar de quase normalidade (Igor Mota / O Liberal)

A diferença essencial esteve no comércio ambulante, praticamente inexistente. Quase não havia para quem vender e os clientes estavam muito dispersos. "Tá fraco, muito fraco. Vamos ver nos próximos finais de semana, porque esse primeiro tá ruim", disse o vendedor de pipas Leandro Passos. Com a ausência dessa e de outras atividades informais — nem há como calcular o impacto social e econômico —, parecia estar "sobrando espaço". Ao menos no Atalaia, a mais disputada das praias de Salinópolis.

Quem gosta de calmaria, aproveitou. Com a proibição de som automotivo e bem menos gente espalhada pela faixa de areia, ficou tudo bem tranquilo. No centro de Salinópolis, nada de congestionamentos e nem lotação aparente de restaurantes. Alguns estabelecimentos permaneceram fechados. Mas para a família do empresário Ismand Borges, que já está no município há uma semana, o verão da pandemia não guarda nenhuma diferença de qualquer outro versão normal.

"Achávamos que não teria tanta gente. Tá bastante cheia. Galera comparecendo mesmo. Temos visto supermercado lotado e estamos cumprindo todas as normas de prevenção. Só uma pessoa vai fazer compras, levando álcool gel e usando máscara. Aqui na praia relaxamos, já que estamos mais afastados e só nossa família mesmo. As preocupações ainda existem, estamos evitando o Maçarico, por exemplo, que tem bastante gente", disse Ismand.

Quase ninguém manteve o cuidado com o uso da máscara. Nas redes sociais digitais, os registros são de uma orla do Maçarico bem lotada à noite e sem tanta fiscalização para coibir aglomerações, o que gerou críticas de alguns internautas pelo fato dos frequentadores de Salinópolis não receberm o mesmo tratamento dos que frequentam as praias de Mosqueiro e Outeiro. Cabe ressaltar que a Prefeitura de Belém, diferente de Salinas, não liberou o acesso às praias.

"Só viemos porque, realmente, achávamos que não teria tanta gente. Se pensarmos em algumas coisas que atraem, como shows e som, realmente não tem muito. Mas se for olhar pelo lado da aglomeração, tem muita gente sim. Isso de todo mundo de máscara e só metade das mesas ocupadas só se respeita até um certo horário. Depois meio que libera tudo", disse a advogada Rayssa Mattos, que chegou à cidade na quinta-feira à tarde.

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