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Pará apresenta redução de 39% de desmatamento em áreas estaduais

De acordo com a Semas, a redução foi registrada no último mês de agosto, nas áreas estaduais de alertas de desmatamento no Pará, com relação ao mesmo período de 2020

João Thiago Dias / O Liberal
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Uma área de 1.606 km², equivalente a cinco vezes o tamanho da cidade de Belo Horizonte (MG), foi desmatada na Amazônia em agosto de 2021. Foi o maior índice para o mês em 10 anos, conforme apontou na segunda-feira (20) o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a partir de dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Apesar disso, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informou que, em agosto, houve redução de 39% nas áreas estaduais de alertas de desmatamento no Pará, com relação ao mesmo período de 2020.

Em agosto do ano passado, as áreas estaduais no Pará apresentaram alertas equivalentes a 193,50 km², enquanto que, em agosto de 2021, foram registrados 117,86 km². Em todo o Estado, os meses de junho, julho e agosto tiveram redução de 25%, 32% e 30%, respectivamente, em comparação ao mesmo período de 2020. O balanço da Semas foi divulgado no dia 6 de setembro, com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

"A Semas reforça que, através das Operações Amazônia Viva, foram apreendidas 7.639,80 m³ de madeira em tora extraída de forma ilegal apreendida; 1.717,4637 m³ de madeira serrada extraída de forma ilegal apreendida; 299 Motosserras que eram utilizadas na derrubada de; 154 veículos que estavam sendo usados no desmatamento ilegal foram apreendidos; 213 acampamentos destruídos; 62 garimpos ilegais interditados”, detalhou, em nota.

Contraponto

Mesmo com essa redução apontada pela Semas, o Pará segue na liderança como o estado que mais desmata, conforme indicou o balanço de ontem do Imazon. Desde maio, o Pará segue consecutivamente no topo do ranking dos estados que mais desmataram na Amazônia e teve 638 km² destruídos apenas em agosto, segundo os dados sistematizados pelo Imazon. Essa área representa 40% de toda a devastação na Amazônia Legal e é maior do que a cidade de São Luís (MA).

Na lista dos estados, o Amazonas segue pelo quarto mês consecutivo como o segundo que mais desmata na Amazônia, com 412 km² de floresta devastada em agosto (26% do total). No ranking dos municípios, duas cidades do sul amazonense ficaram em primeiro e em segundo lugar entre as maiores desmatadoras: Lábrea e Boca Acre. Ambas somaram 185 km² de destruição em agosto.

Ainda sobre o Pará, o Imazon destacou que, em agosto, o Estado concentrou seis das dez unidades de conservação do ranking das que mais desmataram e metade dos municípios, terras indígenas e assentamentos.

Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, comentou que apenas os cinco municípios paraenses que figuram na lista dos dez que mais desmataram - Altamira, São Félix do Xingu, Pacajá, Itaituba e Portel - concentraram 40% do total de desmatamento detectado no estado.

"Todos estão na lista do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que indica os municípios prioritários para prevenção, monitoramento e controle do desmatamento. E eles ainda apresentam grandes blocos de áreas protegidas em seus territórios, o que torna esse desmatamento ainda mais perigoso e agravante”, avaliou a pesquisadora.


Desmatamento na Amazônia - agosto de 2021

- 1.606 km² de floresta destruída - equivalente a cinco vezes o tamanho de Belo Horizonte
- Maior índice para o mês em 10 anos
- Pará no topo do ranking dos estados que mais desmataram na Amazônia: 638 km² destruídos em agosto

FONTE: IMAZON

Redução do desmatamento no período equivalente

- Agosto de 2021: redução de 39% nas áreas estaduais de alertas de desmatamento no Pará, com relação ao mesmo período de 2020
- Agosto de 2020: as áreas estaduais apresentaram alertas equivalentes a 193,50 km² no Pará / Agosto de 2021: 117,86 km²

FONTE: SEMAS

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