Mais de 300 militares do CMN concluem treinamento operacional com simulação de combate na Amazônia
Durante a Operação Pedro Teixeira II foram realizadas simulações em ambiente terrestre, fluvial e aéreo
Mais de 300 militares da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, do Comando Militar do Norte (CMN), concluíram o Período de Adestramento Avançado (PAA) durante a Operação Pedro Teixeira II. O exercício ocorreu nesta semana, no município de Mojú, no nordeste do Pará, a cerca de 130 km de Belém, e envolveu simulações construtivas e vivas em ambientes terrestre, fluvial e aéreo.
A atividade encerra o ciclo de treinamento de 2025 e sucede a atuação das tropas do CMN durante a COP 30, reforçando a capacidade de pronta resposta do Exército na defesa e proteção da Amazônia Oriental. Ao longo das operações, os militares tiveram como objetivo conquistar ou defender áreas previamente definidas.
Segundo o general Roberval, comandante da 22ª Brigada, o exercício representa o ápice do ano de instrução. Ele explicou que as tropas realizaram marchas para o combate terrestre pela Alça Viária e vicinais de Mojú, deslocamentos fluviais pelos rios Acará e Mojú e se reuniram em zonas estratégicas próximas ao município. “Hoje, tivemos o que chamamos de assalto aeromóvel, quando uma companhia foi empregada para conquistar um aeródromo”, detalhou.
Todas as organizações militares da Brigada Foz do Amazonas participaram da operação. De Macapá, estiveram presentes o Comando de Fronteira do Amapá e o 34º BIS, além da Companhia de Comando, da 22ª Base Logística de Selva, do 22º Pelotão de Comunicações de Selva e do 20º Pelotão de Polícia do Exército. Integraram ainda a atividade o 2º BIS, de Belém, o 24º BIS, de São Luís, e o Destacamento de Aviação do Exército do CMN, responsável por montar uma força-tarefa para o deslocamento das tropas.
O Major Aleixo, do Destacamento de Aviação, explicou que a infiltração aeromóvel foi realizada por meio da técnica de voo tático. “Esse tipo de voo ocorre em baixa altura, próximo à superfície dos rios e da copa das árvores, e tem como objetivo apoiar a tropa de selva, permitindo alcançar áreas de difícil acesso com o uso de plataformas aéreas”, afirmou.
Para quem esteve em campo, o treinamento também foi uma oportunidade prática. “Foi bastante proveitoso. Tivemos a chance de aplicar no terreno o que aprendemos no 24º BIS”, disse o cabo Mendes Silva, comandante da Segunda Esquadra do Escalão de Assalto.
O general Roberval destacou que o exercício também validou a eficiência logística da Brigada. Cada batalhão foi empregado em missões pouco habituais em sua rotina. “O 2º BIS atuou em operações fluviais, o 34º BIS realizou marchas terrestres e o 24º BIS participou do assalto ao aeródromo. Obtivemos êxito em todas as frentes e identificamos oportunidades de aprimoramento para os próximos treinamentos”, concluiu.
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