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Hospital de Clínicas garante pré-natal de alto risco para mulheres cardiopatas

Procedimento permite prognósticos importantes para o desenvolvimento das mães e dos bebês e diminui os riscos cardiológicos

João Thiago Dias / Com informações da Agência Pará
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Referência em Cardiologia, a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), localizada no bairro da Pedreira, em Belém do Pará, realiza o pré-natal de alto risco para mulheres cardiopatas. É um procedimento exclusivo para monitorar o desenvolvimento dos bebês cardiopatas e diminuir os riscos das gestantes com problemas cardiológicos. Mas, para isso, é importante que a gestante seja encaminhada ao HC com no máximo 24 semanas, depois disso fica mais difícil avaliar a condição do feto.

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Chefe do Centro Obstétrico e da Clínica Obstétrica da FHCGV, a obstetra Laises Braga afirma que o pré-natal de alto risco é importante para identificar eventuais gravidades à vida do bebê e da gestante cardiopata. “Primeiramente, o pré-natal de alto risco para mulheres cardiopatas não substitui o pré-natal da Unidade Básica de Saúde. Ele é um complemento para mulheres com cardiopatia materna, fetal ou suspeita fetal’’, destacou.

Desde 2017 a Fundação Hospital das Clínicas só atende pacientes gestantes com perfil para atendimento no hospital, ou seja, nefropatas ou doentes renais, pacientes psiquiátricas descompensadas e cardiopatas. Elas são encaminhadas pela UBS de Belém, ou via outro município, para o ambulatório da FHCGV, que faz o agendamento da consulta do pré-natal. A consulta dura um dia inteiro.

“A paciente chega aqui às 7h da manhã, é atendida pela enfermeira obstétrica; às 09h ela passa pela consulta com a assistente social, às 10h com as psicóloga. A paciente almoça aqui no hospital e aguarda na parte da tarde a consulta com a obstetra’’, explicou a doutora Laises Braga.

“Na consulta vamos conversar, avaliar, explicar e programar essa gravidez, se a mãe tiver problema no coração, ela vai para consulta de avaliação com o cardiologista que dirá sobre qual via de parto é a melhor, parto normal ou cesárea. Se ela pode ou não ter outras gravidezes e programar a vida reprodutiva dessa paciente. Todas as pacientes cardiopatas podem solicitar a colocação do DIU, já que a maioria delas não deve engravidar, pelo risco à saúde da mulher”, alertou a médica.  

Gabriele Raiane Silva Cardoso, de 20 anos, faz parte da segunda geração de pacientes atendidos pela FHCGV. Após o nascimento, Gabriele foi diagnosticada como cardiopata. Desde então, ela faz acompanhamento no HC. Agora, no entanto, Gabriele Cardoso voltou ao hospital por um outro motivo: ela está grávida e faz o acompanhamento do pré-natal de alto risco para mulheres cardiopatas. “Estou bastante ansiosa, penso muito no meu bebê, mas como já fui bem atendida pelo hospital, sei que eles estão fazendo o melhor que podem para que eu o meu bebê possamos ficar bem”, comentou.

Outras gestantes cardiopatas, como Gabriele, realizam o pré-natal de alto risco, e mesmo depois do nascimento do bebê, continuam sendo acompanhadas pela FHCGV. O mesmo acontece com os bebês que nascem com cardiopatia. Eles recebem todo o acompanhamento que precisam durante toda a vida. Como é o caso da pequena Esther, que nasceu no dia 29 de junho de 2020, com uma cardiopatia congênita. A mãe da bebê, Luciene Rocha, de 26 anos, veio de Conceição do Araguaia para fazer o parto no HC.

“Soube que ela teria problemas cardíacos três semanas antes do parto, com 37 semanas de gravidez. Assim que descobriram foi tudo muito rápido, já fui encaminhada para o HC, me receberam muito bem; minha filha nasceu cercada de todo cuidado, ela tem uma cardiopatia, por isso ela está na UTI. Estamos esperando os resultados dos exames para saber quando pode voltar para casa”, contou Luciene Rocha.

Quando existe a suspeita de cardiopatia em um feto, a mãe que passa pelo pré-natal de alto risco é encaminhada para uma consulta com um cardiopediatra, para que seja explicado o problema do bebê, e para que a família seja orientada sobre o que vai acontecer com a criança a partir do nascimento.

“O bebê cardiopata só apresenta problemas quando nasce, enquanto ele está na barriga da mãe é ela que trabalha por ele. O parto geralmente é feito com nove meses, com tudo programado, todo organizado para que caso na hora de nascer tenha algum problema, haja avaliação do cardiopediatra para evitar qualquer complicação. Se houver complicações a FHCGV tem UTI para o bebê e para mãe caso seja preciso”, garantiu a médica Laíses Braga.

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