Há quase 30 anos, Uepa é referência na promoção do ensino, pesquisa e extensão na Amazônia

A instituição oferece 36 cursos de graduação e pós-graduação para mais de 17 mil alunos, incluindo indígenas de várias etnias

O Liberal
fonte

Há quase 30 anos, a Universidade do Estado do Pará é uma das mais importantes portas de acesso à formação superior e à produção de conhecimento. E uma das principais instituições de ensino superior da Amazônia brasileira. Criada em 1993, a Uepa nasceu da fusão de faculdades estaduais de Enfermagem, Medicina, Educação Física e Educação.

Desde então, a instituição desenvolve ações de ensino, pesquisa e extensão nas áreas da saúde, educação e tecnologia. Hoje, está presente em dez das 12 regiões de integração do Pará, com cinco campi na capital e 16 nos municípios de Paragominas, Conceição do Araguaia, Marabá, Altamira, Igarapé-Açu, São Miguel do Guamá, Santarém, Tucuruí, Moju, Redenção, Barcarena, Vigia de Nazaré, Cametá, Salvaterra, Castanhal e Bragança.

São mais de 17 mil alunos matriculados em 36 cursos de graduação, em cursos a distância e de pós-graduação lato e stricto sensu. A Uepa conta também com a Editora Universitária e o Centro de Ciências e Planetário, que contribuem para a divulgação e popularização da ciência, além das brinquedotecas e do Instituto Confúcio, que divulga a cultura e a história da China e fortalece o intercâmbio cultural e acadêmico, em convênio com a Shandong Normal University.

Uepa é pioneira na oferta do ensino à população indígena

Segundo o reitor da instituição, Clay Chagas, as conquistas da Uepa estão diretamente voltadas ao processo de interiorização da universidade, que é a mais interiorizada da Amazônia. "Ganhamos recentemente a Medalha Francisco Caldeira Castelo Branco, em reconhecimento à nossa participação direta na pandemia, bem como a premiação de Universidade Empreendedora. Outras conquistas muito importantes que tivemos estão diretamente vinculadas ao processo do Revalida e de termos aprovado junto ao governo do Estado o Qualifica Saúde", afirmou.

A Uepa é pioneira na oferta do ensino à população indígena, formando professores de várias etnias para ministrar aulas para crianças e jovens nas aldeias. "Entendemos que, com isso, contribuímos com uma maior qualidade de vida para essa população", avaliou o reitor. Os planos futuros incluem a oferta de mais cursos, incluindo o de Técnico de Enfermagem ainda em 2022.

Matania Suruí, da etnia Suruí-Aikewára, é moradora da aldeia Sororó, localizada às margens da rodovia BR-153, KM-55, no sudeste do Pará, em áreas dos municípios de Marabá, São Domingos do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia e São Geraldo do Araguaia. Aluna de Licenciatura Intercultural Indígena, ela reconhece a importância da chegada do ensino superior ao lugar onde vive. "Os povos indígenas estão em busca de conhecimentos acadêmicos, e sabemos que os povos originários são conhecidos como povos da oralidade. Nossos antepassados não tinham o domínio da escrita, e necessitamos da escrita e do conhecimento dos não indígenas para nos preparar e nos fortalecer enquanto povos indígenas, sendo protagonistas de nossas próprias conquistas", afirmou. A estudante completou: "Precisamos ter acesso às universidades para fortalecer mais a nossa identidade cultural, a mãe natureza e os nossos territórios, os nossos direitos, os nossos patrimônios culturais".

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ