Em Salinas, veranistas elogiam segurança, mas criticam preços

Famílias chegaram cedo para aproveitar a praia do Atalaia. Movimento era grande.

Abílio Dantas
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À beira do mar da praia do Atalaia, neste sábado, 13, veranistas que levantaram cedo para aproveitar o dia em Salinas encontraram serviços e agentes de segurança do Centro Integrado de Comando (CIC), dirigido pela Secretaria de Segurança Pública (Segup), destacados para garantir a segurança do dia de diversão, relaxamento e descanso. As famílias paraenses e também de visitantes de outros estados, consideradas pelos comerciantes o melhor público consumidor, teceram elogios mas também críticas e sugestões para os próximos dois fins de semana de julho. Um ponto positivo lembrado foi a preocupação do Corpo de Bombeiros com as crianças. E os negativos, os preços de comidas e hospedagens e o comportamento de alguns motoristas que não respeitam as sinalizações estabelecidas pela Secretaria.

A médica Renata Gomes e seu marido, o economista Henrique Gomes, levaram seus filhos Gabriel, de cinco anos, e Carolina, de um ano, para brincar na areia enquanto o sol ainda estava brando e o número de carros não crescia. "Para crianças pequenas, muita gente junta não faz bem, pois elas ficam confusas e o barulho também não é saudável. O sol ameno também é o mais apropriado para os meus filhos", reforça.

image Renata, Henrique e os filhos Gabriel e Carolina: diversão no sol brando do começo da manhã (Ivan Duarte)

O primeiro verão do bebê Felipe Cardoso, de um ano, também cercado de cuidados e preocupações. Seu pai, o empresário Rodrigo Cardoso, e sua mãe, a advogada Adriana Cardoso, moradores do município de Castanhal, chegaram por volta das 7h na praia e elogiaram os órgãos de segurança pela cobertura. "Como chegamos cedo, ficamos em locais com pouca gente, mais afastados da entrada. Mas mesmo assim nos sentimos mais seguros que no ano passado, pela presença de policiais e bombeiros", afirma Rodrigo. "Está sendo muito bom o trabalho dos bombeiros. Principalmente por oferecem pulseirinhas de identificação para as crianças. Para nós, que aproveitamos cedo, está tudo muito bom", concorda Adriana. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 30 mil pulseiras foram confeccionadas para serem distribuídas durante o verão. O objetivo é identificar as crianças com nome e telefone de contato dos responsáveis para que sejam localizados com rapidez caso as crianças se percam em meio ao movimento da praia.

Ao contrário de muitos veranistas, que escolhem Salinas pelas festas, música em alto volume e "badalações", a oportunidade de estar mais perto da natureza, ainda no início da manhã, foi a motivação das jovens Bianca Ferreira, Helena Reis e Rairisson Reis. "Conseguimos chegar ainda no nascer do sol, para ver os raios de sol iluminando o céu e o mar. A praia é o principal motivo para estarmos aqui, independente de qualquer coisa", afirma Bianca. Para Rairisson, no entanto, a organização do tráfego de veículos precisa atentar para algumas situações nos próximos fins de semana. "Sei que foram feitas espécie de ruas, com bandeirinhas, mas nós observamos que um grande número de motoristas não obedecem as marcações, avançando sobre as áreas proibidas. Isso pode colocar em risco a vida das pessoas", cobra o jovem bancário.

Para as amigas Brenda Reis, personal trainner, e a vendedora Gilmara Santos, a beleza da praia do Atalaia acaba tendo como inimigo o custo necessário para aproveitar o fim de semana. "Nós viajamos pra cá em quase todas as férias e achamos que os serviços estão muito caros, ainda mais para nós que estamos em pousada. Em cidades conhecidas de outros estados como Fortaleza e São Luís do Maranhão nós não gastamos tanto. Acredito que os preços aqui estão acima da média nacional", opina Gilmara.

A comerciante Cynthia Soares, proprietária de uma barraca de bebidas e comidas, acredita que o movimento ainda não superou as vendas do ano passado, mas tem "fé e confiança" de que o lucro será maior que o do ano passado à medida que as famílias cheguem das outras cidades para consumir e ajudar a movimentar a economia local. De acordo com a empresária, os jovens que vão "só para a curtição", não são o público preferencial, pois levam sua própria bebida alcoólica e música, com o som dos carros. Às famílias, com diferentes perfis de consumidor, como idosos e crianças, é que garantem o nosso sustento, da gente das barracas. O pessoal do barulho até nos atrapalha, pois espanta a nossa freguesia", relata.

CIC

O Centro Integrado de Comando (CIC) é formado pela Secretaria de Segurança Pública (Segup), pelo Departamento de Trânsito (Detran), Corpo de Bombeiros, Polícias Militar e Civil, Centro Integrado de Operações (Ciop) e CPC Renato Chaves, e grupamentos aéreo e fluvial de segurança pública.

Dentre os novos serviços oferecidos neste ano está a demarcação da Zona de Exclusão, que consiste em área reservada e proibida para estacionamento para evitar atolamentos de veículos, situação registrada com frequência na mídia paraense. Em 2018, segundo o CIC, cinco perdas de carros foram registradas. "Não adiantava apenas informar as pessoas, elas sempre desobedeciam e iam para o lado direito da praia, onde a areia não é própria pra estacionamento. Agora estamos com a fiscalização constante, com sinalizadores e orientação", explica a coordenação de Comunicação do Centro.
 

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