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Dezembro Vermelho: saiba como se proteger da sífilis, doença que pode afetar o bebê ainda no útero

Doença á transmitida por meio da relação sexual desprotegida, e tambem a mãe infectada pode repassar ao bebê na gestação. Casos têm aumentado no Brasil

O Liberal
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A sífilis é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que, se não for tratada adequadamente pode agravar o quadro do paciente, incluindo bebês na gestação, e levar até a morte. Por isso, no Dezembro Vermelho, campanha dos órgãos, entidades e profissionais de Saúde, vale a pena conferir as orientações e serviços repassados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Assim, o sexo com proteção é a principal forma de prevenção para os indivíduos sexualmente ativos. No caso da gestante, para que esta proteja seu bebê da sífilis congênita (repassada de mãe para filho(a) ), é necessário realizar o acompanhamento pré-natal de forma adequada, realizando Teste Rápido (TR) para sífilis, HIV, e hepatites B e C na primeira consulta de pré-natal. 

Se esse teste for negativo, deve-se repetir o TR no mínimo no início do terceiro trimestre de gestação para rastreamento/diagnóstico e tratamento. O tratamento para sífilis adquirida em gestante e congênita é com medicamento e esquema adequado de acordo com o quadro. “Uma gestante com sífilis tratada com Benzilpenicilina, para o estágio clínico correto da infecção e iniciado antes de 30 dias antes do parto, é considerado tratamento adequado, o que reduz em 99% a transmissão da sífilis da mãe contaminada para seu bebê”, explica Andréa Miranda, coordenadora estadual de IST/Aids da Sespa.

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O Governo do Estado atua como articulador das políticas nacionais de IST/Aids, faz o monitoramento epidemiológico e avaliação, visando a melhoria da qualidade de vida da população e atuando junto aos municípios, os quais são os executores dessas políticas.

Entre as ações estão a distribuição de teste rápido para a rede de atenção à saúde do estado, objetivando a detecção precoce e oportuna; de insumos de prevenção, preservativos masculinos e femininos; de benzilpenicilina para rede atenção à saúde do estado, objetivando o manejo clínico/tratamento adequado do caso.

A Sespa promove treinamento das equipes de saúde dos municípios; oficinas sobre o manejo clínico da sífilis materno-fetal para os profissionais da Atenção Básica, maternidades dos municípios, laboratórios públicos, desenvolvendo o senso analítico-reflexivo para melhor condução e resolução dos casos, baseado nas atualizações do PCDT.

O Plano de Ação para Controle e Eliminação da Sífilis Congênita no Pará realiza, de março de 2021 a dezembro de 2022, ações em cinco municípios pilotos para receberem capacitação de todos os profissionais médicos, enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos, Agentes Comunitários de Saúde envolvidos na linha de cuidado da sífilis.

A partir deste plano as equipes devem divulgar, em breve, uma nota técnica que dispõe sobre a implantação da linha de cuidado da transmissão vertical da sífilis congênita no âmbito do Estado do Pará, ampliando a todos os municípios do estado a experiência de êxito com os cinco municípios pilotos objetivando o controle e eliminação da transmissão vertical da sífilis.

Incidência da Sífilis no Pará

De 2010 a 2019, o número de novos casos notificados anualmente da doença no Brasil aumentou em cerca de 8,5 vezes, saltando de 9,3 para 77,8 casos por 100 mil habitantes. Andréa Miranda, coordenadora estadual de IST/Aids da Sespa, explica que existem três agravos notificáveis da sífilis: sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita. “Esse dado é nacional e refere-se às notificações apenas de sífilis adquirida, que se tornou de notificação compulsória apenas em 2010 no Brasil", salienta.

"O dado mostra um aumento gradual e importante no rastreamento da sífilis adquirida, que se deve principalmente pela disponibilização do Teste Rápido (TR) para sífilis nas Unidades Básicas de Saúde e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) em todo território nacional. Isso possibilitou uma acessibilidade maior da população e diagnóstico de triagem mais rápido para notificação tanto dos casos suspeitos, quanto confirmados, e início oportuno do tratamento. O aumento também pode estar refletindo sobre o comportamento sexual, devido a prática de sexo desprotegido”, comenta Andréa Miranda.

Saiba qual a classificação clínica da sífilis:

Sífilis primária:

O principal sintoma é uma ferida chamada “cancro duro”, uma ferida, geralmente única, que não arde, não coça e não produz secreção, que aparece de 10 a 90 dias após o contato sexual. Essa ferida desaparece espontaneamente em 3 a 8 semanas.

Sífilis secundária:

Ocorre em média entre seis semanas e seis meses após a cicatrização do cancro, mas eventualmente pode ocorrer concomitante com o cancro. As manifestações são variadas nesta fase, mas as principais são as “roséolas sifilíticas”, erupção macular que aparecem principalmente na palma das mãos, plantas dos pés e no tronco, sendo confundido com alergia. Pode ocorrer também perda de cabelo em clareira (alopecia) e manchas acastanhadas na pele e mucosas genitais.

Sífilis latente:

Após o fim dos sinais e sintomas da fase secundária o indivíduo entra em uma fase assintomática que pode durar de 1 a 40 anos, de acordo com a literatura.

Sífilis terciária

Surge após a latência devido a reativação da bactéria no organismo, levando a destruição tecidual e causando lesões chamadas de gomas sifilíticas que acometem a pele, mucosas, ossos, sistema nervoso central, coração e outros tecidos, podendo levar à desfiguração, incapacidade e até a morte.

Confira como se prevenir contra a sífilis:

  • Sexo com proteção, usar preservativos masculinos e femininos;
  • Em caso de gestante, fazer pré-natal, com Teste Rápido (TR),  para sífilis, HIV, e hepatites B e C na primeira consulta;
  • Repetir o TR no começo do terceiro trimestre de gestação;
  • O TR pode ser feito na rede de Atenção à Saúde do Estado.
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