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Combate ao incêndio em Novo Progresso prossegue, informa Corpo de Bombeiros

PF abriu inquérito para apurar se há ação ilegal nas queimadas e possíveis conflitos

O Liberal
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O combate ao incêndio perto do Assentamento Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Terra Nossa, no município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, prossegue sendo feito por integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Em nota, nesta quinta-feira (18), o Corpo de Bombeiros informou que as duas instituições mantêm esse serviço na região.

"Os focos estão sob controle e estão sendo supervisionados com auxílio da plataforma de detecção de queimadas em tempo real, com a utilização de vários satélites para localização dos pontos de calor", comunicou o Corpo de Bombeiros.

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Jamanxin em perigo

O incêndio começou no dia 11 deste mês na área. No "Dia do Fogo", em 2019, essa região chegou a ser atingida, inclusive, tendo o registro de cerca de 1.500 focos em apenas dois dias. As chamas atingem, agora, a área de preservação ambiental Floresta Nacional do Jamanxin. Essa Floresta Nacional foi a unidade de conservação federal mais desmatada em 2021 no Brasil, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Há também incêncios por outras Áreas de Preservação Permanente (APP), e em uma delas foram encontradas por bombeiros garrafas com gasolina na mata.

Um bombeiro chegou a declarar: "Tudo para tacar fogo no mato. É impressionante como a gente luta, enquanto outros querem destruir".

PF investiga causas do incêndio

Para apuração se houve ação ilegal nas queimadas e possíveis conflitos, a partir de agricultores terem atribuído os incêndios a grileiros e fazendeiros interssados na posse da área, a Polícia Federal instaurou inquérito. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou essa apuração e cobrou providências com urgência da parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Prefeitura de Novo Progresso. As chamas estão perto de casas, chegaram até lavouras e adentraram pela floresta.

O assentamento "Terra Nossa" foi criado em 2006, como parte de um projeto federal para manejo sustentável da floresta, com extração de castanha. Alguns policiais militares estariam ameaçando colonos na área do assentamento. Acerca desse assunto, a Secretaria de Segurança do Pará (Segup) informou que abriu investigação para apurar as denúncias e que afastou os acusados.

De acordo com o INPE, o Pará lidera, em agosto, o ranking de queimadas no Brasil, com cinco cidades entre as dez com mais focos, e um dos  municípios é Novo Progresso, que mais registrou queimadas nos últimos dias.

Quarenta instituições de Defesa do Meio Ambiente e Direitos Humanos, por meio de carta, exigem proteção para as famílias do assentamentol combate à grilagem de terras e aos incêndios florestais. “Existem vários documentos que nós já encaminhamos para o Incra, para o Ministério Público Federal, para apurarem essas irregularidades. As pessoas que estão lá dentro sofrem constantemente ameaças, queimadas, invasões. Então, há uma situação, inclusive, de ameaças de morte”, conta o padre José Boeing, da Rede Eclesial Pan-Amazônica.

Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Força Nacional foram enviados à região para combater o fogo e reforçar a segurança. O Incra e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) investigam a causa dos incêndios.

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