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Castanhal: piscicultor conta como começou a profissionalizar a atividade

A criação de peixe na propriedade localizada na agrovila Cupiuba começou com oito pirarucus para pescaria de final de semana e hoje é o negócio da família do seu Opílio

Patrícia Baía
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No começo era apenas uma forma de diversão, a pescaria. Então o mineiro Opílio Dias Neto, de 76 anos, professor de educação física aposentado e piscicultor, comprou alguns pirarucus para colocar no açude de sua propriedade localizada na agrovila Cupiuba, distante cerca de 12 quilômetros do centro de Castanhal.

“Comprei os peixes de um engenheiro de pesca da Ufra, chamado Daércio Paixão, e quando ele veio trazer, observou tudo aqui e disse que eu era rico. E eu fiquei sem entender e ele explicou que eu era rico de água e disse que eu poderia criar peixes com a técnica correta. Foi então que a mina visão mudou”, contou seu Opílio.

O engenheiro de pesca, Daércio Paixão, desde então passou a dar assistência técnica ao seu Opílio que há quase dois anos se dedica a atividade com a ajuda do genro, Michael Barros, que é técnico em agropecuária.

A propriedade “Rancho Água Boa” tem cerca de 25 hectares, sendo que metade é dedicada somente a piscicultura e restante a criação de animais. Tilápia, tambaqui e panga são as espécies de peixes criadas em oito viveiros e um açude da propriedade. Um total de oito toneladas de peixes. O investimento inicial para adaptar os primeiros viveiros foi de mais de 10 mil reais.

image A propriedade “Rancho Água Boa” tem cerca de 25 hectares, sendo que metade é dedicada somente a piscicultura e restante a criação de animais. (Patrícia Baía / O Liberal)

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“Esse foi mais ou menos o que gastamos para iniciar, mas foi só crescendo. E tudo com recurso próprio sem pegar incentivo do governo”, observou o produtor.

O esforço e dedicação do piscicultor tem atraído cada vez mais clientes da agrovila e também da zona urbana de Castanhal. Por semana são vendidos cerca de 70 quilos de pescado. Mickael Barros explica que a quantidade de peixes comercializados ainda não é suficiente para manter a propriedade.

“Fazemos um grande investimento com água de boa qualidade, a genética dos peixes que compramos é especial para que eles desenvolvam mais rápido e ainda tem nutrição com ração de alta qualidade. Mas o ideal seria se conseguíssemos vender de 150 a 200 quilos de peixes por semana. Estamos trabalhando para isso”, disse.

image Tilápia, tambaqui e panga são as espécies de peixes criadas em oito viveiros e um açude da propriedade. (Patrícia Baía / O Liberal)

Seu Opílio se sente realizado com o ramo que começou a pouco tempo.

“Para quem só queria pescar por lazer e hoje vê tudo dando certo é algo que nos deixa muito felizes. Hoje já estou bastante conhecido no ramo da piscicultura e já faço até parte da Associação de piscicultores de Castanhal e ainda tenho a assistência técnica do engenheiro Daércio que me vendeu os pirarucus. Somos amigos e ele me tem como um pai e eu a ele como um filho”, disse.

 

DADOS

De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Agrícola (SEMADA), a piscicultura é uma das atividades que mais cresce na zona rural de Castanhal. Já são mais de 100 produtores.

“Temos mais de 100 produtores em Castanhal, porém a maioria não tem um controle correto do manejo e a SEMADA por meio da coordenação de Piscicultura em parceria com  a Secretaria Estadual de Agricultura e Pesca  (SEDAP) e também com a EMATER está realizando um levantamento exato da Piscicultura no município, procurando saber quais as espécies mais cultivada, os tipos de cultivo e suas características e quem são esses agricultores e qual a sua principal dificuldade. Estamos também realizando vistas técnicas com algumas orientações sobre construção de tanque e ainda temos realizamos algumas escavações”, explicou Jeferson Gentil, coordenador de piscicultura da SEMADA.

 

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