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No Pará, 4,6 mil crianças tomaram vacinas anticovid para adultos

Relatório da Advocacia Geral da União mostra que a maioria dos imunizantes aplicados errado foi da Pfizer

O Liberal

Relatório da Advocacia Geral da União (AGU) aponta que, no Pará, 4,6 mil crianças com menos de 11 anos de idade tomaram vacinas contra covid-19 que seriam destinadas a adultos. A maioria dos imunizantes aplicados de forma errada foi da Pfizer, com 4.513 doses. Em todo o Brasil, foram mais de 57 mil crianças vacinadas de forma incorreta.

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image AGU: mais de 57 mil menores receberam vacina errada contra covid-19
Equívocos ocorreram em todas as unidades federativas, inclusive no Pará

Atualmente, apenas a Pfizer tem imunizantes autorizados para vacinação de crianças de 5 a 11 anos, com doses pediátricas que são específicas para essa faixa etária. No entanto, foram aplicadas doses da Astrazeneca para 74 crianças; da Coronavac para 41; e outras cinco crianças receberam doses da Janssen.

image Dados de todo o país foram divulgados pela AGU. STF deu 48 horas para estados explicarem. (AGU / Divulgação)

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que "...o Datasus, Sistema do Ministério da Saúde, cadastrou lotes de doses pediátricas como se fossem doses para adulto. Estamos investigando se é apenas este erro ou se houve aplicação incorreta. Como esta aplicação é feita pelos municípios, estamos checando com cada secretaria de saúde municipal a real situação. E ainda aguardamos esclarecimentos do Ministério da Saúde sobre a qualidade destes dados".

 

Conselhos farão investigação detalhada e destacam falha no Ministério da Saúde

Por nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) comunicaram que "...irão examinar de forma meticulosa a denúncia apresentada, haja vista que os sistemas de informação do Ministério da Saúde estão instáveis há mais de 30 dias".

"Em mais de 300 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 já aplicadas, é possível que tenham ocorrido erros como os listados na denúncia. Tanto podem ser erros de digitação, ou erros dos próprios sistemas de informação, o que impõe cautela e discernimento para a verificação de tais situações. Entretanto, vale ressaltar que no histórico do Programa Nacional de Imunizações (PNI) a regra tem sido a da eficiência e não o contrário", destacam os conselhos.

Ainda na nota, o Conass e o Conasems criticam: "Os sistemas de informação do SUS, a despeito das inúmeras discussões para o seu aprimoramento, ainda estão longe de responder às necessidades. Destacamos, ainda, que as recomendações da Anvisa para a aplicação das vacinas contra a Covid-19 em crianças encontram-se em nota pública, onde a agência reguladora afirma que 'as recomendações não possuem caráter mandatório' e que 'são passíveis de ajustes por parte dos estados e municípios'".

Por fim, os conselhos garantem que "Gestores estaduais e municipais estão unidos para que toda a população brasileira seja vacinada contra a Covid-19 de forma segura, rápida e eficiente".

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