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Trump vetou ataque a líder do Irã; ataques aéreos ficam mais intensos

Contatos entre EUA e autoridades israelenses ficaram mais frequentes desde o início do conflito

Estadão Conteúdo
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No terceiro dia de ataques aéreos cruzados entre Israel e Irã que já deixaram centenas de mortos, funcionários do governo americano informaram, neste domingo, 15, que Donald Trump vetou um plano israelense para executar o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei. De acordo com as agências Reuters e France-Press, os relatos chegaram do alto escalão do governo.

Segundo os funcionários, ouvidos na condição de anonimato, oficiais israelenses tiveram uma oportunidade recente de matar o principal líder iraniano, mas teriam sido dissuadidos por Trump. "Os iranianos já mataram algum americano? Não. Até que o façam, não vamos nem falar em ir atrás de sua liderança política", disse uma das fontes.

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Os funcionários não confirmaram se a mensagem foi transmitida pelo próprio presidente dos EUA, mas Trump mantém comunicação frequente com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. Os contatos entre EUA e autoridades israelenses ficaram mais frequentes desde o início do conflito, na madrugada de sexta-feira.

Novos ataques

Neste domingo, Israel mirou instalações militares e depósitos de combustível em território iraniano, incluindo "dezenas" de ataques contra infraestruturas que abrigam mísseis no oeste do país. O Exército também anunciou a destruição de um avião iraniano de reabastecimento no aeroporto de Mashhad, além da sede da chamada Organização de Inovação e Pesquisa em Defesa, considerada o coração do projeto iraniano para construir armas nucleares.

Em Teerã, a televisão estatal anunciou a morte de cinco pessoas em um edifício residencial. E o Ministério das Relações Exteriores acusou Israel de ter atacado "deliberadamente" um de seus edifícios, deixando vários feridos.

Os bombardeios israelenses desde sexta-feira causaram pelo menos 224 mortes e deixaram mais de mil feridos, indicou neste domingo o Ministério da Saúde. O porta-voz do ministério, Hossein Kermanpur, afirmou que mais de 90% das vítimas são civis.

O chefe de inteligência da Guarda Revolucionária, o exército ideológico armado do regime, Mohammad Kazemi, morreu neste domingo com outros dois oficiais, segundo a agência de notícias oficial Irna.

Na noite de domingo, um militar de alta patente iraniano, o coronel Reza Sayyad, porta-voz das forças armadas, prometeu uma resposta "devastadora" e advertiu que em breve Israel "não será habitável".

Paralelamente, o Irã lançou ao menos quatro rodadas de disparo de mísseis contra Israel, que atingiram vários pontos do país, entre eles Tel-Aviv, Jerusalém e Haifa, segundo o exército israelense. Os ataques de sábado e da madrugada de domingo deixaram dez mortos e mais de 200 feridos, segundo os serviços de emergência israelenses, elevando para 13 o número de mortos e a 380 o de feridos desde sexta-feira.

image Fumaça sobe de um local na cidade de Haifa em 16 de junho de 2025, após uma nova saraivada de mísseis iranianos. (Ahmad GHARABLI / AFP)

Na madrugada de domingo, as sirenes voltaram a soar em várias cidades israelenses. Em Bat Yam, ao sul de Tel-Aviv, vários edifícios residenciais foram destruídos. Grande parte dos mísseis e drones iranianos foi interceptada pelo sistema de defesa Domo de Ferro, segundo o exército israelense.

Regime

No domingo, Netanyahu disse à Fox News que o objetivo dos ataques contra o Irã é proteger Israel e o mundo inteiro do "regime incendiário iraniano". "Nosso foco de ataque foram localidades nucleares e militares. O deles foram espaços onde há civis israelenses", disse, ressaltando que uma mudança de regime não é o objetivo das operações, mas pode ser o resultado.

O conflito é um teste para Trump, que prometeu encerrar as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, após críticas à política externa de Joe Biden. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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